Microestrutura da dentina observada sob diferentes condições clínicas empregando-se microscopia eletrônica e EDS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Calabria, Marcela Pagani
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25148/tde-26032012-154603/
Resumo: A proposta deste trabalho foi analisar qualitativa e semiquantitativamente, em M.E.V. - Técnica Convencional, por Retroespalhamento de Elétrons (BSE) e por Espectroscopia de Dispersão de Raios-X (E.D.S.) - a microestrutura dentinária de dentes em diferentes condições clínicas. Formaram-se 7 grupos, com 5 dentes cada grupo: I- inclusos jovens (IJ); II- hígidos jovens (HJ); III- hígidos adultos (HA); IV- com lesão cariosa oclusal (LCO); V- com lesão cariosa cervical (LCC); VI- com exposição radicular (ER) e VII- com lesão cervical não cariosa (LCNC). Após as extrações, os dentes foram imediatamente fixados em Karnovsky. As porções radiculares e o esmalte coronário foram seccionados, preservando-se o terço cervical dos dentes. Os espécimes dentários foram divididos em duas metades, ambas contendo as superfícies vestibulares quanto as linguais, totalizando 70 espécimes. Cuidado especial foi tomado nos grupos com LCO, LCC e LCNC, garantindo que as lesões fizessem parte de suas duas secções. A análise morfológica foi realizada sobre área de dentina fraturada, em três regiões: próximo à superfície externa, no terço médio e próximo à polpa. Os espécimes foram desidratados em concentração ascendente de etanol e secados em ponto crítico. Metade dos espécimes foi metalizada com ouro, para análise em M.E.V., e a metade homóloga com carbono, para observação em E.D.S. e BSE. Os grupos IJ e HJ não mostraram alterações morfológicas, tanto na lingual quanto na vestibular. As dentinas peritubular e intertubular e os prolongamentos odontoblásticos (POs) estavam evidentes por toda a extensão dentinária, assim como fibrilas de colágeno margeando toda a superfície interna dos túbulos dentinários (TDs), muitas vezes lembrando a lâmina limitans (LL). Os grupos LCC e LCO mostraram grande quantidade de cristais e estruturas tubuliformes (ETfs) na dentina abaixo das lesões, além das demais estruturas vistas no grupos anteriores. A face lingual das LCCs mostrou-se ausência de estruturas intratubulares (EITs). O grupo ER não apresentou EITs. Entretanto, nesse mesmo grupo, os TDs próximos à superfície mostraram-se mais atrésicos quando comparados aos grupos IJ e HJ e a LL era visível por toda a extensão dentinária. Os grupos HA e LCNC mostraram-se muito semelhantes entre si, com cristais obstruindo parcial ou totalmente os TDs. Próximo à região pulpar, os TDs mostravam cristais ao redor dos POs. O grupo LCNC, particularmente, apresentou ETfs com características distintas dos grupos LCC e LCO, pois estas apresentaram-se nos três terços dentinários em menor quantidade. As imagens em BSE mostraram a DI menos mineralizada que a DP, e cristais e as ETfs com características reflexivas semelhantes à DP, identificando-se como es-truturas mineralizadas. No grupo LCNC, notou-se POs e as membranas, ambos com certa reflexão, revestindo os TDs, sugerindo um processo de mineralização. A análise estatística, após obtenção dos valores semiquantitativos em E.D.S., mostrou que todos os grupos continham, na dentina e nas EITs, Ca, P, Mg e S, com exceção da dentina peritubular do grupo LCC que não detectou Mg em sua composição. As estruturas que mostraram maior concentração de Mg foram as ETfs do grupo LCNC. Não houve diferença estatística na razão Ca/P entre as dentinas e EITs