Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Palazzo, Mônica Poli |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27159/tde-28112024-130345/
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Resumo: |
O Abraço no Mundo e o Espelho do Incompossível é uma tese que apresenta a criação no campo expressivo da direção de arte em cinema, como um ato de pensamento que visa problematizar as relações entre o mundo e o sujeito na forma de um acontecimento estético: Dilema experimento poético audiovisual em cinema 360o. Por meio de operações poéticas empenhadas no modo de expressão da direção de arte, com recursos visuais heterogêneos, e da fabulação de um roteiro narrativo baseado no conflito entre ações de inclusão e exclusão que compõem a experiência humana, foram realizadas sequências de composições cinematográficas como agenciamento sensível de ambientes em que o(a) espectador(a) se encontra imerso(a). Nesse contexto, a ideia do abraço surge como figura de natureza alegórica que busca responder ao problema ético das relações entre o mundo e o sujeito, perceptíveis no antagonismo das situações de acolhimento e indiferença, solidariedade e individualismo, humanitarismo e egoísmo, separação e integração, compatibilidade e conflito, encontro e divergência, equidade e injustiça, forças ativas e forças reativas, composição e incompossibilidade, circunstâncias essas que podem ser resumidas na oposição entre potência (capacidade de transmutar) e poder (capacidade de submeter). O abraço do e no mundo, tomado como figura alegórica para retratar a direção de arte em cinema, diz respeito ao universo expressivo que envolve as personagens e suas interrelações em uma obra cinematográfica. Ao mesmo tempo em que as une, as isola, de acordo com a variedade das experiências humanas encarnadas. Dilema nasce assim, da necessidade de colocar o(a) espectador(a) no centro de um espaço fílmico, imersivo, composto por dois hemisférios sem bordas, abraçado(a) pela imagem e som de um mundo ficcional, na tentativa de fazê-lo(a) experimentar, concomitantemente, duas narrativas, paralelas e simultâneas, em que uma personagem mulher, negra e lésbica, e outra homem, branco heterossexual, discutem a implementação de uma lei referente à equidade de gênero na câmara municipal, ora nos papéis de prefeita e assessor, ora, ao contrário, personificando a assessora e o prefeito. Posicionada no centro dos espaços cênicos e no limiar entre esses dois mundos possíveis, a pessoa que experiencia a obra está paradoxalmente circundada, também, pela composição de mundos incompossíveis criada na colisão entre as forças ativas e reativas das formas expressivas que constituem Dilema. Tal contingência produz uma experiência estética que oscila entre os efeitos de presença e os efeitos de sentido. Por fim, o que significa ter uma ideia no universo da direção de arte em cinema? O abraço no mundo é uma ideia que concerne ao ato de criação respectivo a constituição de espaços-tempos que fabulam poeticamente experiências estéticas de natureza ética. |