Situações meteorológicas associadas a nevoeiro e operação comboio no sistema Anchieta-Imigrantes

• Ano de defesa: 2022
• Autor(a) principal: Santos, Brenda Almeida
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
• Palavras-chave em Português: Fog; Nevoeiro; Operação Comboio; Sistemas Meteorológicos; Weather Conditions
• Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/14/14133/tde-14062022-155653/

Neste trabalho, foram feitas análises dos sistemas meteorológicos associados tanto aos nevoeiros da EM/IAG quanto daqueles que iniciaram as Operações Comboio no Sistema Anchieta-Imigrantes em 2015. Para isso foram utilizados dados de estações meteorológicas do IAG e de Itutinga, registro de Operação Comboio (OC), dados de reanálises, METAR e radiossondagens, cartas sinóticas e imagens de radar e satélite. A maior parte dos nevoeiros da EM/IAG ocorre predominantemente no inverno e o número de dias com nevoeiro tem diminuído ao longo do tempo. Dos nevoeiros que ocorreram no inverno de 2007, 57% foram radiativos e 43% advectivos. A brisa marítima contribuiu com 43% dos nevoeiros radiativos e 14% dos nevoeiros advectivos. A Alta Pós-frontal contribuiu para 25% dos nevoeiros radiativos e 86% dos advectivos e a ASAS esteve presente em 32% dos nevoeiros radiativos. Em 2015, foram registrados 50 nevoeiros, 49 deles foram classificados como radiativos (44% devido à BM e 30% devido à APF). A OC ocorre em maior número na primavera e é mais frequente na Rodovia Anchieta quando comparada com a Rodovia dos Imigrantes. A partir de 2012, houve, em média, aproximadamente 568 OC na Rodovia Anchieta e 423 na dos Imigrantes. Há um maior número de OC iniciando à tarde, seguido do período da noite. Das 87 OCs estudadas para o ano de 2015, a brisa marítima contribuiu em 38% dos casos, seguida da alta pós-frontal, com 31%. Em geral, a umidade é fornecida por advecção de umidade da brisa marítima ou da alta pós-frontal e, por vezes, de algum sistema precipitante resultante da passagem de um sistema frontal ou de alguma instabilidade termodinâmica. A esse aporte de umidade se adiciona a diminuição de temperatura, causada pela entrada da brisa marítima, pelo ar pós-frontal ou mesmo pela perda de radiação noturna. Apesar de ser possível identificar o sistema meteorológico associado ao início da OC, nem sempre se consegue determinar o que de fato gerou o nevoeiro.