Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Santos, Lígia Barboza Moreira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-06092022-094126/
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Resumo: |
O avanço tecnológico da medicina permitiu que bebês ainda imaturos sobrevivessem fora do ambiente uterino. Porém, os equipamentos e procedimentos médicos empregados no suporte à vida neonatal acabam por restringir o cuidado oferecido pela mãe ao seu bebê, aspecto importante para o desenvolvimento psíquico do recém-nascido. Sobre a díade mãe-bebê, o pediatra e psicanalista Winnicott estabelece que a mãe desenvolve uma identificação com o filho, por meio da qual, ela percebe e antecipa as necessidades dele. Em meio ao impactante ambiente intensivista neonatal e ao estado materno pós-parto, a mãe enfrenta o desafio singular de encarar a fragilidade de seu bebê prematuro. Tal contexto exige que a mãe acesse seus recursos internos provindos de cuidados ambientais anteriores para acreditar que ela e seu bebê poderão superar essas condições adversas, confiando em seu potencial de vida. Dessa maneira, o presente estudo objetivou investigar por meio de relatos de um diário de UTI Neonatal condições relacionadas à esperança em mães de prematuros. Portanto, foi realizada uma análise de conteúdo e foram identificadas quatro categorias: Como nasce uma mãe de UTI Neonatal, o contexto adverso onde nasce a esperança; O apoio recebido, o encontro humano na sustentação da esperança; Fé, a esperança presente na religiosidade/espiritualidade; Expectativas positivas, a marca da esperança. Assim, encontrouse que as mães de bebês prematuros, as quais podem apresentar traços de preocupação materna primária, enfrentaram uma situação intensa de ruptura dessa relação primordial, porém, com o amplo apoio de pessoas no ambiente hospitalar e com a crença em um cuidado divino, sonharam um futuro de restauração do vínculo com o filho após a alta hospitalar, quando poderiam viver plenamente a maternidade. Tal perspectiva permite condições essenciais para a saúde: um caminhar esperançoso para lidar com percalços dessa experiência de risco de vida; a integração das experiências no tempo; e a manutenção da identificação com o bebê, que, durante a internação, implica em assumir a denominação mãe de UTI Neonatal |