Estado nutricional, consumo alimentar e estilo de vida de escolares de Campinas - SP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Danelon, Mariana Schievano
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11141/tde-23112007-104110/
Resumo: O presente trabalho teve como objetivos a análise do estado nutricional, do consumo alimentar e do estilo de vida de crianças e adolescentes de centro urbano relativamente mais desenvolvido do estado de São Paulo. Também foi investigado o acesso destes aos serviços de alimentação disponíveis nas unidades de ensino (Programa Nacional de Alimentação Escolar &#150; PNAE e as cantinas/lanchonetes escolares). Para tanto, foi realizado estudo de natureza transversal tendo por base amostra integrada por 324 alunos, com idade entre 6 e 14 anos, matriculados em seis unidades da rede pública de ensino de Campinas, estado de São Paulo. Junto aos escolares foi realizada avaliação antropométrica e, para determinação do estado nutricional, foram analisados os escores Z de altura para idade &#150; ZAI e a distribuição dos percentis do Índice de Massa Corporal &#150; IMC, adotando-se dois parâmetros estabelecidos (um internacional e um nacional) com base em populações de referência. O consumo alimentar foi identificado por meio do emprego do Recordatório de 24 horas e as informações relativas ao estilo de vida e à adesão aos serviços disponíveis nas escolas foram avaliadas adotando-se questionários especificamente elaborados. Junto aos pais/responsáveis foram obtidas informações relativas à condição socioeconômica. No que diz respeito ao estado nutricional, destaca-se a reduzida proporção (1,6%) de alunos classificados com déficit de altura para idade (ZAI < -2). No tocante ao IMC, proporções de 5,6%, 79,0% e 15,4% foram identificadas para baixo peso (3&#186; P &#8804; IMC), eutrofia (5&#186; P &#8804; IMC < 85&#186; P) e excesso de peso (IMC &#8805; 85&#186; P), respectivamente, mediante adoção de referencial internacional. Prevalências de 2,8% (baixo peso), 77,4% (eutrofia) e 19,8% (excesso de peso) foram observadas adotando-se referencial nacional. Este último critério revelou-se mais condizente com o processo de transição nutricional vivenciado no país. No que se refere ao consumo de alimentos, 65% das dietas dos alunos apresentaram-se inadequadas quanto à participação de pelo menos um dos macronutrientes energéticos. Expressiva parcela dos escolares revelou reduzida ingestão de energia, fibras, vitamina A, ácido fólico, ácido pantotênico, cálcio, fósforo, magnésio e potássio. Consumos elevados de colesterol e de sódio foram observados para substancial proporção de alunos. A análise da participação dos grupos de alimentos no Valor Energético Total &#150; VET revelou que os alimentos básicos de origem vegetal contribuíram com 38,6% do conteúdo de energia da dieta, destacando-se a expressiva participação (31,7%) daqueles de origem animal. No que se refere ao estilo de vida, 29,6% das meninas e 19,0% dos meninos foram considerados sedentários. A adesão dos alunos aos serviços de alimentação escolares foi considerada expressiva: 75,3% consumiam as refeições distribuídas pelo PNAE, sendo que destes, 51,0% o faziam de forma efetiva (entre quatro e cinco dias por semana). Cerca de 76,0% dos alunos aderia às cantinas escolares, sendo que maior proporção (52,1%) adquiria alimentos esporadicamente (um ou dois dias por semana). Estratégias de orientação nutricional e de promoção da prática de atividades físicas devem ser estimuladas com vistas à consolidação de hábitos saudáveis, que contribuirão para o adequado estado de saúde e para a prevenção do risco de enfermidades crônicas na vida adulta. Destaca-se a escola como um dos ambientes no qual as intervenções podem ser adotadas, tendo em vista que as crianças e adolescentes permanecem por expressivo período de tempo diário nesse local.