Metodologia ativa em aula de campo: avaliação cognitiva e socioemocional de alunos do ensino médio de escolas rurais e urbanas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Rossi, Bianca Carolina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/97/97138/tde-14062022-103327/
Resumo: A educação brasileira vem sofrendo mudanças ao longo dos últimos anos, buscando o rompimento com os modelos tradicionais de ensino e incentivando a utilização de metodologias ativas, como a Aprendizagem Baseada em Projetos (ABP), que tem por objetivo desenvolver o protagonismo nos alunos. Uma área interessante para desenvolve-la é a Ecologia pois, como trabalha a interação dos seres vivos e os impactos humanos na natureza, pode ser desenvolvida em ambientes naturais por meio de projetos e assim contribuir para o desenvolvimento habilidades socioemocionais e aprendizagem sobre pesquisas científicas, promovendo autonomia intelectual e científica nos alunos. Sendo assim, o objetivo do presente estudo foi comparar o rendimento cognitivo e socioemocional de alunos de escolas rurais e urbanas por meio da ABP quanto ao Bioma Mata Atlântica, uma vez que, geralmente, ambas localidades apresentam unidades escolares distintas devido a inúmeros fatores. O estudo foi realizado com alunos do 1° ano do Ensino Médio de duas escolas públicas rurais e duas urbanas de Taubaté (SP). A atividade ocorreu em 2019 no decorrer de sete etapas, sendo uma no Parque Natural Municipal Trabiju em Pindamonhangaba (SP) e as demais nas escolas. Os participantes responderam um pré-teste, participaram de atividade prática no parque, analisaram e discutiram dados nas escolas, redigiram relatório científico, participaram de um congresso cientifico e responderam um pós-teste e um questionário socioemocional. Os resultados do pré-teste não apresentaram diferenças significativas entre as escolas urbanas e rurais, indicando maiores dificuldades com as questões sobre localizações geográficas do Bioma e maior conhecimento sobre sua conservação. Durante a etapa na floresta todos os alunos demonstraram grande apreciação pelo local, enfatizaram a beleza estética da floresta e apresentaram dificuldades nas elaborações das perguntas científicas, entretanto os participantes das rurais apresentaram maior desenvolvimento e engajamento nas atividades. Quanto as demais etapas, novamente os alunos das rurais tiveram maior participação e responsabilidade com o projeto e a maioria concluiu todas as atividades propostas. Porém, todas as escolas relataram certo nível de desinteresse dos colegas e dificuldade no trabalho em equipe. Ao final do projeto, alguns alunos foram selecionados para a apresentação dos trabalhos no congresso de iniciação cientifica e relataram grande felicidade na participação. Os resultados do pós-teste indicaram maior avanço cognitivo dos alunos das rurais e na avaliação socioemocional houve maior destaque, por parte deles, sobre a dinâmica de trabalho, como cooperação e discussão. Assim, pode-se concluir que os alunos das rurais apresentaram melhor rendimento nas etapas provavelmente devido à aproximação das atividades com seus cotidianos, vindo de encontro com a visão da ABP.