Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Mota, Mateus Ribeiro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
eng |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/190854
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Resumo: |
A filogeografia surgiu como uma ponte entre várias disciplinas evolutivas, como a genética populacional, filogenia e biogeografia, estabelecendo ligações entre os estudos micro e macro evolutivos. A filogeografia tem sido cada vez mais utilizada para estudar a evolução de regiões com altos índices de diversidade, como a região Neotrópical. Os Neotrópicos apresentam uma grande variedade de biomas, incluindo a Floresta Atlântica, a segunda maior floresta tropical da América do Sul, contendo mais de 60% de todas as espécies terrestres do planeta. Um número crescente de estudos filogeográficos com espécies da Floresta Atlântica nos ajudado a entender os processos evolutivos que gradualmente formaram essa grande biodiversidade. Realizamos análises filogeográficas, avaliando padrões de estrutura e diversidade genética, tempo de divergência das linhagens e a demografia histórica do complexo de espécies Pitcairnia flammea (Bromeliaceae), grupo adaptado a inselbergs neotropicais naturalmente fragmentados, baseados em conjuntos de dados de microssatélites nucleares e sequências plastidiais. Nossos resultados mostraram baixa a moderada diversidade genética nuclear dentro de populações de P. flammea, e alta estrutura genética populacional, com poucos haplótipos de DNA plastidial compartilhados entre populações, indicando fluxo gênico limitado e baixa conectividade entre afloramentos rochosos. Não encontramos nenhuma estrutura filogeográfica clara, além de duas linhagens evolutivas que divergiram aproximadamente 2 Mya., sugerindo um papel importante das mudanças climáticas no início do Pleistoceno na diversificação do complexo de espécies de P. flammea. Além disso, não encontramos congruência direta entre divergência genética populacional e delimitação taxonômica. Este estudo vem apoiar o fato de que afloramentos rochosos são centros de diversidade de espécies e endemismo, por serem naturalmente isolados, contribuindo para a grande diversidade genética e morfológica observada atualmente nestas regiões. Em conjunto com estudos de genética de populações e filogeografia de outros organismos, as informações aqui geradas ajudam a esclarecer os processos complexos responsáveis pela origem e manutenção da biodiversidade dos Neotrópicos, especificamente da Floresta Atlântica. |