Estudo da função de HSPB1 na modulação da resposta a proteínas mal dobradas promovida pela prolactina em modelos de Diabetes tipo 1

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Gomes, Vinícius de Morais
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/46/46131/tde-17012022-154939/
Resumo: Durante o desenvolvimento do diabetes tipo 1 (DM1), as células beta sofrem intenso estresse do retículo endoplasmático que resulta em apoptose por meio da ativação da resposta a proteínas mal dobradas (UPR). Mostramos anteriormente que a prolactina (PRL), através do aumento dos níveis de proteína de choque térmico B1 (HSPB1) protege células beta da morte induzida por citocinas pró- inflamatórias, estressores de retículo ou por desbalanço redox. Demonstramos que componentes envolvidos no controle da qualidade das proteínas interagem com HSPB1 nas células beta somente quando os níveis dessa chaperona se encontram elevados. Como o papel do HSPB1 nas células beta não foi totalmente estudado, propusemos desvendar os mecanismos moleculares de HSPB1 frente ao desbalanço da homeostase proteica provocado por intenso estresse de retículo endoplasmático e sobrecarga na degradação proteassomal de proteínas. Nesse estudo, viu-se que HSPB1 foi capaz de aumentar a viabilidade de células beta pancreáticas submetidas a estresse de retículo endoplasmático induzido por citocinas pró-inflamatórias, tunicamicina ou tapsigargina. Ficou evidente que esse aumento da sobrevida celular deve-se à da modulação da UPR e ao aprimoramento da degradação de proteínas via sistema ubiquitina-proteassomo. Mostramos que HSPB1 aumentou os níveis de elementos pró-sobrevida da UPR como BIP, além de atenuar os níveis de proteínas pró-apoptóticas como CHOP, BOK e BIM. Além disso, níveis elevados de HSPB1 promoveram o aumento da ubiquitinação de proteínas e modularam também a velocidade de degradação de proteínas ubiquitinadas. Em conjunto os resultados obtidos no presente estudo contribuíram para aprofundar o conhecimento sobre os mecanismos envolvidos na inibição da morte das células beta induzida por aumento de HSPB1. Sem dúvidas,eles poderão contribuir para o desenvolvimento de novas estratégias que visam melhorar a taxa de sucesso das terapias de reposição de células beta, como é o caso do transplante de ilhotas pancreáticas, ao promover o aumento do número e da qualidade disponível destas células para o tratamento de portadores de diabetes.