Eficácia da estimulação magnética transcraniana em pacientes com zumbido e audiometria normal: avaliação clínica e por neuroimagem

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Marcondes, Renata de Almeida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5143/tde-25062009-111124/
Resumo: INTRODUÇÃO: O zumbido é um sintoma muito freqüente e de difícil tratamento. Atualmente, algumas evidências mostraram que o zumbido está associado a alterações funcionais do sistema nervoso central. Nos últimos anos, a modulação da atividade cortical relacionada ao zumbido por meio da estimulação magnética transcraniana repetitiva (EMT) tem sido proposta como um tratamento promissor. Entretanto, nenhum estudo avaliou sua eficácia no controle do zumbido em pacientes sem perda auditiva concomitante, nem seu efeito de longa duração. O objetivo do trabalho foi investigar os efeitos imediatos e a longo prazo da estimulação magnética transcraniana repetitiva de baixa freqüência (1 Hz) em pacientes com zumbido e audiometria normal. MÉTODOS: Utilizando um ensaio clínico aleatorizado, duplo cego e paralelo, foram randomizados 20 pacientes para receber a EMT ativa ou placebo. A estimulação foi aplicada no córtex têmporo-parietal esquerdo por cinco dias consecutivos. A avaliação clínica foi feita por meio do Tinnitus Handicap Inventory e da escala análogo-visual. A avaliação por neuroimagem foi feita por meio do SPECT, o qual foi realizado antes e 14 dias após o período de estimulação. RESULTADOS: Clinicamente, o grupo submetido à estimulação magnética transcraniana ativa apresentou uma melhora significativa do zumbido, mantida por até seis meses, quando comparado ao grupo que recebeu a estimulação placebo. A avaliação por SPECT demonstrou redução do fluxo sanguíneo no lobo temporal esquerdo após o período de estimulação ativa. CONCLUSÃO: Os resultados revelam o potencial terapêutico da estimulação magnética transcraniana como nova ferramenta no tratamento do zumbido, proporcionando redução significativa do incômodo provocado pelo zumbido por até seis meses e reduzindo a atividade neuronal no córtex temporal.