Avaliação da Tolerabilidade, do Perfil Hormonal e dos Efeitos Endometrais Secundário à Administração Vaginal do Gel e de Allopregnanolona à Mulheres na Pós-Menopausa, em Uso de Estrogenioterapia: Estudo Fase 2.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2000
Autor(a) principal: Navarro, Paula Andrea de Albuquerque Salles
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17145/tde-07112006-101502/
Resumo: Objetivos: Avaliar a tolerabilidade e obter dados preliminares referentes aos efeitos endometriais da allopregnanolona, administrada sob a forma de gel, por via vaginal, a pacientes na pós-menopausa em uso de estrogenioterapia oral, ao longo de 2 ciclos de tratamento, assim como obter dados preliminares do efeito da droga de estudo, nos níveis séricos de gonadotrofinas, estradiol e progesterona. Pacientes e métodos: Foram incluídas no presente estudo 13 pacientes na pós-menopausa, divididas em 2 grupos: grupo 1: primeiras 7 pacientes incluídas no estudo (mediana de idade = 52 anos; mediana de tempo de amenorréia = 2 anos ) e grupo 2: 6 últimas pacientes (mediana de idade = 55,5 anos; mediana de tempo de amenorréia = 4,3 anos ). Todas as pacientes foram submetidas a 2 ciclos consecutivos de tratamento, cada qual com 28 dias de duração, utilizando 2 mg ao dia de valerato de estradiol, por via oral, continuamente, associado ao gel de allopregnanolona a 8%, por via vaginal, nos 10 últimos dias de um único ciclo (grupo 1) ou dos 2 ciclos (grupo 2). Todas as pacientes foram avaliadas quanto à caracterização dos efeitos adversos e sangramento genital. Coleta de sangue para dosagens hormonais e biópsias de endométrio foram realizadas no 28o e no 56o dia de tratamento, nas pacientes do grupo 1 e, apenas, no 56o, nas do grupo 2. Resultados: A taxa de aderência ao tratamento foi de 100% nas pacientes de ambos os grupos. A mastalgia foi o efeito adverso mais freqüente (4 casos), seguido pela cefaléia e pela dor abdominal (2 casos cada), todos estes relacionados ao uso do valerato de estradiol. Uma paciente referiu prurido vulvar durante o uso do gel de allopregnanolona. Todos os efeitos adversos foram leves e não interferiram na utilização das medicações prescritas. Não houve diferença significativa (P =1,0) entre as proporções de sangramento genital por deprivação hormonal após um (23,1%) ou dois ciclos de utilização da allopregnanolona (33,3%). Não encontramos diferença significativa (P = 0,27) entre as proporções de endométrio secretor e proliferativo após um (57,1% e 42,9%, respectivamente) ou dois ciclos (16,7% e 66,6%) de uso da allopregnanolona. Contudo há uma aparente redução da percentagem de endométrio secretor após 2 meses de utilização da allopregnanolona, quando comparada a um único ciclo de uso desta droga. Não houve diferença estatisticamente significante entre os níveis séricos de FSH, LH, estradiol ou progesterona após um ciclo com valerato de estradiol exclusivamente, quando comparados a um ou dois ciclos de uso da allopregnanolona. Conclusões: Observamos boa tolerabilidade à administração vaginal do gel de allopregnanolona a mulheres na pós-menopausa, em uso de estrogenioterapia oral com valerato de estradiol, refletida pela baixa incidência de efeitos adversos e pela boa aceitabilidade à terapêutica. Aparentemente, a allopregnanolona não interfere nos níveis séricos de gonadotrofinas, estradiol e progesterona. Estudos com maiores casuística e tempo de seguimento são necessários para se determinar os efeitos endometriais desta nova droga, e, conseqüentemente, da sua possível utilização futura, nos diversos esquemas de terapia de reposição hormonal vigentes.