Condições de trabalho e autonomia da enfermagem no sistema prisional de Minas Gerais: construção de uma tecnologia para promoção da gestão e autonomia da enfermagem

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Alves, Leslie Diniz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22134/tde-22112024-164040/
Resumo: Introdução: O sistema prisional brasileiro é um local de encarceramento e superlotação onde os indivíduos privados de liberdade tem difícil acesso as ações de humanização e ressocialização bem como aos atendimentos destinados a saúde. A Enfermagem, neste contexto, vem se adaptando aos cenários nos quais sua presença é demandada, classificada como eixo fundamental para a promoção, prevenção e recuperação da saúde durante a privação da liberdade. Nesse sentido, este estudo busca enfatizar maior visibilidade a este profissional enquanto promotor de ações de prevenção e promoção em saúde, prestador de assistência e gestor do cuidado. Objetivo: Avaliar as condições de trabalho e o nível de autonomia da enfermagem no sistema prisional de Minas Gerais, bem como construir e validar um aplicativo com acesso a informações para gestão e autonomia do trabalho desses profissionais. Método: O estudo foi desenvolvido em duas etapas. Na primeira etapa foi desenvolvido um estudo tranversal com abordagem quantitativa, para avaliar as condições de trabalho e a autonomia de 164 profissionais de enfermagem do sistema prisional de Minas Gerais, por meio de um questionário de avaliação das caracteristicas sociodemográficas, epidemiológicas, laborais e de condições de trabalho, bem como o Nursing Activity Scale, para avaliação da autonomia profissional. Na segunda etapa foi realizado um estudo metodológico, para construção e validação de conteúdo e semântica de um aplicativo destinado a fornecer referências para subsidiar a gestão e a autonomia do trabalho da equipe de enfermagem no sistema prisional. Para isso, foi utilizado o método de Design Instrucional Contextualizado, seguidos os quatro passos recomendados, ou seja, análise, design e o desenvolvimento, a implementação e a avaliação. Resultados: A maioria dos profissionais de enfermagem informou ter local e material para trabalhar e relatou que o trabalho apresentava riscos ocupacionais. Verificou-se um nível médio de autonomia dos profissionais. As variáveis idade, tabagismo, capacitação, estado civil e tempo de trabalho na enfermagem, apresentaram associação significativa com a autonomia dos profissionais de enfermagem. Percebeu-se a existência de dependência entre a variável filhos e o nível de autonomia e correlação entre as variáveis tempo de profissão e idade. Em relação ao aplicativo, denominado A&G Enfermagem, a validação por juízes e profissionais de enfermagem apresentou avaliação satisfatória em relação ao conteúdo e à semântica, possuindo boa adaptação quanto aos quesitos explicitados e excelente consistência interna. Conclusão: Os profissionais de enfermagem apresentaram nível médio de autonomia, conforme as condições de trabalho. O aplicativo A&G Enfermagem apresentou avaliação satisfatória em relação ao conteúdo e à semântica.Conclui-se que o app A&G Enfermagem, produto desta Dissertação de Mestrado,representa um instrumento de avaliação da promoção da gestão e da autonomia da enfermagem.