Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Parisi, Thaís Cristina de Hollanda |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7140/tde-17102024-142511/
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Resumo: |
Introdução: As quedas de recém-nascidos (RN), embora possam acarretar graves danos físicos ao neonato e ocasionar sofrimento emocional aos pais, familiares e cuidadores, são, ainda, subestimadas nas organizações hospitalares e sua prevalência nesses estabelecimentos é pouco descrita em literatura, assim como as ações de prevenção. Diante desse contexto, o emprego de ferramentas apropriadas e validadas, para a avaliação de risco de queda de neonatos, são consideradas relevantes para a prevenção dos eventos adversos dessa natureza e para a melhoria da qualidade e segurança da assistência prestada. Objetivos: Construir um instrumento de avaliação de risco de queda de RN no âmbito hospitalar, pautado nos componentes de estrutura, processo e resultado que compõem a tríade Donabediana; Validar esse instrumento de avaliação de risco de queda; Propor a implementação dessa ferramenta de prevenção de queda de RN, de acordo com o risco institucional mensurado. Método: Trata-se de um estudo metodológico desenvolvido em três etapas: construção do instrumento de avaliação de risco de queda; validação de conteúdo por um comitê de 15 especialistas, empregando-se a técnica Delphi e aplicação do instrumento final para a validação de constructo e teste de confiabilidade. A coleta de dados ocorreu entre setembro de 2019 e março de 2021. O índice de consenso adotado foi superior a 80%. O estudo foi realizado em conformidade com a Resolução 466/2012, após aprovação por Comitês de Ética em Pesquisa. Resultados: A escala de avaliação de risco de queda neonatal foi composta por nove itens. Todos os itens que compuseram a escala apresentaram concordância superior a 80% entre os juízes; referente aos componentes de estrutura, processo e resultado foram necessárias duas rodadas para obter concordância acima de 80%. Para os procedimentos analíticos, a escala foi aplicada em 270 RNs alocados em três unidades de internação neonatal, em duas instituições de saúde, sendo uma de natureza pública e outra privada. Os achados dessa etapa evidenciaram que o item 1 Mobiliários/equipamentos não obteve variação entre as instituições e locais de internação; os itens 3 Dieta, 4 Movimentação e 5 Manuseio obtiveram resultados similares nas duas instituições, com maior risco de queda nas unidades de menor complexidade (valor-p <0,001); No item 6 Responsáveis pelos cuidados com o RN a predominância dos pais foi maior na instituição pública (valor-p <0,001); O item 7 Adesão dos responsáveis às orientações fornecidas pelos profissionais de saúde demonstrou adesão total para 91,1% dos responsáveis; O item 8 Tempo decorrido do parto resultou em pouca variabilidade de respostas (valor-p 0,860) e o item 9 Analgesia e sedação materna esteve prescrito para a maioria das puérperas, sendo mais evidente na instituição privada (valor-p <0,001). Conclusões: O estudo possibilitou a construção e a validação de uma escala de avaliação de risco de queda neonatal, bem como a elaboração de um protocolo de prevenção de quedas de RN em unidades hospitalares, fornecendo subsídios aos estabelecimentos de saúde para avaliar e prevenir riscos de queda em neonatos e, consequentemente, para a melhoria da qualidade e segurança assistencial prestada a essa população. |