Dinâmica territorial e socioeconômica na região do entorno das Usinas Hidroelétricas Canoas I e II (PR/SP) e as relações com a piscicultura local

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Seide, Mariana Figur
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/91/91131/tde-17112015-110323/
Resumo: Transformações nas condições de vida da Terra fazem parte da nossa história evolutiva. Atualmente, as ações humanas provocam impactos tão intensos que já se considera que estamos marcando uma nova era geológica, o Antropoceno. As alterações globais de origem antropogênica estão relacionadas ao nosso modo de vida moderno e modelo de consumo, assim como ao crescimento demográfico, econômico, agropecuário, industrial que tem demanda crescente por recursos. Todos esses fatores apresentam potenciais efeitos comprometedores às funções ecossistêmicas e dos bens e serviços ambientais. Neste contexto, os sistemas aquáticos continentais, são significativamente impactados pela construção de barragens. As represas envolvem inúmeras transformações ambientais e ecológicas, sociais e econômicas. Já as regiões do seu entorno podem ser beneficiadas com a utilização das águas represadas. Entender a dinâmica da cobertura e uso do solo e analisar se há a abertura de oportunidade para o desenvolvimento de novas atividades econômicas, aproximam a compreensão dos seus impactos como base para a gestão desses ambientes. O objetivo geral desse trabalho foi analisar a influência das Usinas Hidrelétricas Canoas I e II nos municípios do seu entorno, a partir da analise espaço-temporal das mudanças no uso e cobertura do solo e das dinâmicas socioeconômicas relacionadas ao desenvolvimento das atividades de piscicultura. Os resultados obtidos caracterizam as atividades agropastoris da região como a maior força das dinâmicas ambientais e socioeconômicas. A extrema fragmentação da vegetação nativa é a mais importante consequência ecológica desse processo. Já em termos sociais e econômicos às mudanças no perfil da agricultura geraram a urbanização e o exôdo rural, marginalizando pequenos agricultores. A construção dos barramentos de Canoas I e II teve influência na composição da paisagem após a perda, principalmente de terras agrícolas e coincidiu com o aumento das áreas de urbanização, associada a um aumento da área dos fragmentos da cobertura vegetal nativa e um melhora no índice de proximidade, indicando maior conexão entre os mesmos. Para os entrevistados na pesquisa os reservatórios representam uma oportunidade de desenvolvimento da piscicultura, que já desperta interesse na população como a atividade econômica. Mas, há dificuldades a serem superadas para que se concretizem as expectativas de aproveitamento das águas represadas.