Saúde bucal e câncer oral

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Marques, Luzia Anes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-12092022-161457/
Resumo: Objetivos. Estimar a associação entre condições de saúde bucal e higiene oral e câncer oral. Métodos. Neste estudo caso-controle de base hospitalar, conduzido entre Novembro de 1998 e Março de 2002, foram levantados casos de câncer oral e controles em sete hospitais da cidade de São Paulo. Um total de 309 casos de câncer de boca e orofaringe, do tipo espinocelular, e 468 controles pareados por freqüência segundo sexo e idade, foram recrutados. A razão de chances (Odds ratio-OR) e o intervalo de confiança de 95%(IC95%) para o câncer oral associado com saúde bucal e higiene oral e ajustados por sexo, idade, tabagismo e consumo de álcool, foram calculados por regressão logística. Resultados. Língua foi a localização mais freqüente (37,5%). A maioria dos casos eram homens (85,1%). Os controles apresentaram nível educacional discretamente elevado em relação aos casos, mas sem significância estatística. O risco entre aqueles que relataram consumir álcool no passado (OR=5,9; IC95%=3,4-10,2) foi menor em relação àqueles que ainda bebem (OR=9,2; IC95 %=5,3-15,9). O risco dos atuais fumantes foi 13,4 (IC95%=7,5-24,0) e para os ex-fumantes 3,1 (IC95%=1,7-5,9). Pacientes que utilizam uma ou mais vezes ao dia algum tipo de enxagüatório bucal apresentam risco maior do que aqueles que nunca fizeram uso (OR=4,2; IC95 %=2,2-8,0). Pacientes que relataram ir ao dentista menos do que uma vez ao ano apresentaram excesso de risco de câncer oral (OR=2,0; IC95 %=1,1-3,6), porém para aqueles que nunca procuraram assistência odontológica o risco mostrou-se ainda maior (OR=4,0; IC95 %=2,1-7,6). Outros hábitos relacionados à higiene oral, como escovação dentária e sangramento gengival também mostraram excesso de risco para o câncer oral, porém não estatisticamente significativos. Conclusões. O uso de antissépticos líquidos orais regularmente e baixa freqüência de visitas ao cirurgião-dentista representam risco para câncer oral.