Ativismo, identidade e participação política: uma leitura psicopolítica do movimento social de Aids no eixo São Paulo - Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Barboza, Renato
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-08122023-173135/
Resumo: A participação popular voltada ao exercício do controle social das políticas públicas de Aids no Sistema Único de Saúde (SUS) é um tema estratégico na agenda de pesquisa do campo da Saúde Coletiva. Neste doutorado analisamos a produção da identidade coletiva dos ativistas do movimento social de Aids no eixo São Paulo Rio de Janeiro, quanto à participação e o controle social da política de Aids no SUS, no período de 1980 a 2023. Trata-se de um estudo exploratório, descritivo, retrospectivo, transversal, ancorado na abordagem qualitativa. A coleta dos dados baseou-se na condução de 29 entrevistas semiestruturadas e em profundidade com os ativistas do movimento social de Aids paulista e fluminense. As entrevistas foram gravadas, transcritas e submetidas à análise de conteúdo. As narrativas foram analisadas à luz do referencial teórico-metodológico ancorado no Modelo Analítico da Consciência Política, sistematizado por Salvador Sandoval no campo interdisciplinar da Psicologia Política. De modo particular elegemos a dimensão da identidade coletiva como elemento estruturante da análise. No que tange às movimentações do movimento social de Aids, apreendidas a partir da sistematização da linha do tempo e da análise de conteúdo das narrativas dos ativistas, depreende-se que a institucionalização das ONG/Aids definiu nos primeiros anos da década de 1980, as bases do movimento social brasileiro de luta contra a Aids, além da emergência de novos sujeitos sociais vinculados a um ativismo de urgência. Posteriormente, a criação dos Fóruns Estaduais de ONG Aids, pioneiros em São Paulo e no Rio de Janeiro, fortaleceu sobremaneira a articulação e abrangência das ações coletivas, bem como as práticas do ativismo sociopolítico no que concerne à luta pela defesa do direito à saúde das pessoas vivendo com HIV e Aids em linha com a Constituição Federal de 1988. O último arranjo institucional identificado nas movimentações, se referiu à organização e à estruturação das redes identitárias, inicialmente, a Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV e Aids, seguida pelas Cidadãs Posithivas, os Adolescentes e Jovens Vivendo com HIV e Aids e recentemente a Rede Nacional de Pessoas Trans.