Resumo: |
Introdução: Nas últimas décadas tem se preconizado a necessidade de estreitamento entre os serviços de Atenção Primária à Saúde e a Saúde Mental, os quais devem dispor de serviços e profissionais capazes de lidar com a maior parte dos problemas de saúde da comunidade. Dentre esses profissionais está o enfermeiro do qual se espera conhecimento e competências que lhes permitam atuar frente as demandas saúde mental no território. Identificar e mapear as intervenções de enfermagem em saúde mental nos cenários da APS constitui-se no primeiro passo para assegurar a inserção e efetividade de suas intervenções no cuidado em saúde mental no âmbito da APS. Objetivo: Identificar e mapear as competências em saúde mental do profissional enfermeiro que atua nos serviços da Atenção Primária à Saúde no Brasil. Método: Trata-se de uma revisão de escopo ,com busca realizada nas principais bases de dados MEDLINE (PubMed), CINAHL, Bancos de Dados da JBI de revisões sistemáticas e Cochrane de pesquisas publicadas entre 2001 a 2019 em Português, Inglês e Espanhol sobre as competências em saúde mental do profissional enfermeiro que atua nos serviços da Atenção Primária à Saúde no Brasil. Os critérios de inclusão foram os estudos que incluíram enfermeiros, e/ou outros profissionais, desde que evidenciassem as competências do enfermeiro de APS em saúde mental. A extração de dados ocorreu por meio de uma ferramenta especificamente desenvolvida para esse fim. Resultados: Foram identificadas 11.450 publicações; sendo incluídos na revisão 85 estudos. O maior número de publicações foi nos periódicos brasileiros. As intervenções do enfermeiro em saúde mental na APS estão restritas em acolher o usuário, e encaminhá-lo para o profissional médico e/ou para os serviços de saúde especializados. Esses dados corroboram com os achados que referem a falta de conhecimento dos enfermeiros em utilizar ferramentas de intervenção em adventos provenientes da saúde mental. Conclusão: O enfermeiro tem um amplo escopo de intervenções em saúde mental, porém a atenção psicossocial desse profissional está voltada ao modelo biomédico, por falta de difusão dessas ferramentas na APS. Há necessidade de novas pesquisas que comprovam a eficácia das intervenções, o que contribuirá na validação, e o reconhecimento terapêutico e autônomo do enfermeiro. |
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