Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2004 |
Autor(a) principal: |
Kogima, Elisabeth Octaviano |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6136/tde-10082022-145325/
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Resumo: |
Objetivo. O portador de transtorno mental está sempre presente na vida profissional do enfermeiro, qualquer que seja sua área de atuação, sendo os serviços de atenção básica à saúde os locais onde deve ocorrer a detecção precoce aos transtornos bem como ações preventivas. Uma vez que o enfermeiro ocupa posição singular na rede básica, muitas vezes sendo o primeiro contato do usuário, esta pesquisa foi desenvolvida com o intuito de desvelar o entendimento dos enfermeiros que atuam em uma Unidade Básica de Saúde acerca da depressão puerperal. Métodos. Trabalhamos com um universo limitado, tornando possível o conhecimento de todos os enfermeiros da UBS. Os cinco enfermeiros da Unidade participaram, entre outubro e dezembro de 2003, de entrevistas individuais, com questões abertas semi-diretivas, gravadas e transcritas posteriormente. Os dados foram analisados e produzidos discursos segundo a técnica do Discurso do Sujeito Coletivo proposta por Lefèvre. A opção por uma abordagem qualitativa nos permitiu analisar em profundidade os dados obtidos gerando hipóteses e perspectivas até então não identificadas. Resultados. Os discursos produzidos revelaram que os sujeitos compreendem seu papel no reconhecimento dos sintomas depressivos nas mulheres; entendem que o enfermeiro é privilegiado quanto ao conhecimento e ao atendimento a quase que a totalidade das mulheres que freqüentam a Unidade Básica de Saúde. Percebem os variados momentos nos quais tem oportunidades de detectar quando o sofrimento mental da puérpera se instala. São cônscios de sua falta de experiência e conhecimento acerca do assunto e generalizam essas lacunas para o universo da doença mental. Os sujeitos colocam como sua responsabilidade o encaminhamento da paciente para um outro profissional, seja um psiquiatra ou um psicólogo. Ao mesmo tempo, de alguma maneira é percebido que seu papel no curso do atendimento à mulher depressiva poderia ser mais elaborado, onde o encaminhamento poderia ser apenas um dos elementos terapêuticos no processo de reabilitação destas mulheres. Considerações. Lacunas quanto ao conhecimento e quiçá na formação acadêmica dos sujeitos determinam a ausência de percepções mais fundamentadas quanto ao enfermeiro, ele próprio, atuando como um instrumento terapêutico. Uma vez que os sujeitos explicitam interesse e abertura para incorporarem novos conhecimentos e reavivarem antigos conceitos esquecidos, nem a falta de tempo, nem a falta de condições de trabalho nem a falta momentânea de conhecimento sobre o assunto os impedirá de buscarem novos caminhos, adaptarem situações, ampliarem visões e percepções, criarem novos modelos, construírem novos conceitos e desconstruírem antigos, enfim, nada os impedirá de transformarem diariamente o espaço coletivo que os abriga. |