Avaliação da variabilidade glicêmica em pacientes submetidos à derivação gástrica em Y de Roux com ou sem diabete melito tipo 2

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Quevedo, Raquel do Amaral Prado
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5135/tde-02072024-161545/
Resumo: Introdução: A avaliação da variabilidade glicêmica (VG) em pacientes submetidos à derivação gástrica em Y-de-Roux (DGYR) pode agregar mais informações além da glicemia de jejum e da hemoglobina glicada (HbA1c). Nosso objetivo foi avaliar a VG em indivíduos submetidos à DGYR com e sem diabetes tipo 2 (DM2) e compará-los com um grupo controle (GC) utilizando um monitor contínuo de glicose (MCG). Métodos: Quatorze pacientes com indicação para realizar a CB foram divididos de acordo com a presença ou ausência de diagnóstico de DM2 previamente à cirurgia com metade dos integrantes em cada grupo. O GC foi criado com sete indivíduos sem antecedente de DM2, pareados pelo sexo, idade e IMC alcançados após seis meses de cirurgia do grupo com DM2. Os pacientes operados utilizaram o MCG antes, um e seis meses após a cirurgia e o GC apenas uma vez. Resultados: A média de glicose intersticial e o indicador de gerenciamento de glicose (GMI) obtidos pelo MCG foram significativamente mais baixos no grupo sem DM2 aos seis meses de pós-operatório quando comparados ao GC e ao grupo com DM2. Houve diferença estatística na comparação do coeficiente de variação (CV) entre os três grupos aos seis meses de pós-operatório e aumento ao longo do tempo nesta métrica apenas para o grupo com DM2. O tempo no alvo (glicemia entre 70 e 180 mg/dL) diminuiu apenas no grupo sem DM2. O tempo em intervalo baixo (entre 54 e 69 mg/dL) aumentou significativamente nos grupos operados quando comparamos o período pré-operatório com o pós-operatório de seis meses. Porém, ao comparar o tempo em intervalo baixo entre todos os grupos aos seis meses de pós-operatório foi observada diferença significativa apenas no grupo sem DM2. Não houve diferença estatisticamente significativa nos níveis de glicemia de jejum, HbA1c e frutosamina entre os três grupos aos seis meses. Conclusão: O MCG identificou aumento no tempo em intervalo baixo (glicose entre 54 e 69 mg/dl) nos dois grupos submetidos à DGYR após seis meses quando comparado com o período pré-operatório. Ao comparar os três grupos, apenas o grupo sem DM2 apresentou elevação no intervalo de tempo baixo aos seis meses. Neste mesmo grupo houve uma diminuição significativa no tempo no alvo (entre 70 e 180 mg/dl) devido ao aumento do tempo em hipoglicemia. O CV foi estatisticamente diferente nos três grupos avaliados aos seis meses, sendo maior no grupo com DM2 e menor no GC. Tais achados sugerem uma maior VG em pacientes com DM2 submetidos a este tipo de cirurgia e até em paciente sem diagnóstico de DM2 previamente à cirurgia