Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1999 |
Autor(a) principal: |
Gonçalves, Fábio Mariz |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16131/tde-12072023-111322/
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Resumo: |
Este trabalho trata da paisagem urbana paulistana produzida nas décadas de 70, 80, e 90 quando se observa que a legislação, o mercado e os agentes privados, e mesmo o Estado, têm sido incapazes de conferir qualidades fundamentais à cidade produzida, por incompetência ou por desinteresse. A discussão sobre quais são essas qualidades e os motivos pelos quais elas estão ausentes é o assunto deste trabalho. Os padrões de urbanização devem considerar as características paisagísticas do sítio sobre o qual se desenvolvem, especialmente as características morfológicas do suporte físico. A incorporação e a conciliação dos elementos e sistemas naturais dentro da cidade são dadas pelo desenho, pela quantificação e pela distribuição dos seus espaços livres. O elemento fundamental para a qualificação dos espaços urbanos são os próprios espaços livres urbanos públicos ou privados. Por isso, o espaço livre é a chave para as análises e críticas presentes neste trabalho. Acredita-se que a falta de projetos para os espaços livres urbanos (públicos e privados), que considerem as questões socioculturais e ambientais nas escalas adequadas, produz uma cidade sem qualidades urbanas fundamentais. Projetos com esse enfoque tendem a ser realizados apenas pelo Poder Público, pois para que a iniciativa privada, investidores e agentes imobiliários tenham o retorno de seus investimentos não é necessário que essas questões estejam plenamente resolvidas. O Estado é um dos protagonistas do processo de produção da paisagem urbana e sem dúvida o único que tem a obrigação e os meios para fazê-lo, mas não tem feito. Verifica-se que a falta de controle sobre o processo de produção do espaço urbano acarreta desequilíbrios, prejuízos e desperdícios de recursos públicos e privados, penalizando a sociedade e comprometendo o futuro da cidade construída. Para a análise crítica dos mecanismos de produção e da paisagem urbana real, selecionou-se a região do Morumbi, onde se pode observar a paisagem em construção e seu suporte ainda legível; uma área em processo de consolidação, cuja morfologia do sítio e os modelos urbanos ainda estão evidentes. Como contraponto, estudam-se também a área de Alphaville, em Barueri, e a Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. |