Avaliação de aspectos clínicos, radiográficos e isocinéticos na dor femoropatelar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Sana, Álan Luiz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5140/tde-02102014-155517/
Resumo: Atualmente observa-se que as queixas de afecção física mais comuns do aparelho locomotor na clínica médica e do esporte, entre adultos jovens e adolescentes ativos, estão relacionadas ao joelho, sendo o sintoma de dor femoropatelar, a mais freqüente. Porém, essa condição é uma incógnita, para os especialistas em joelho, quando se tenta definir uma causa específica e de consenso. Como forma de tentar contribuir na elucidação desse problema resolveu-se executar este trabalho investigativo, buscando-se encontrar diferenças clínicas e biomecânicas entre indivíduos do sexo feminino, com e sem o referido sintoma, com idade entre 15 e 20 anos. Foram avaliadas 23 jovens com dor femoropatelar bilateral, sem afecção conhecida presente e 20 sem sintoma (46 joelhos sintomáticos e 40 assintomáticos). Todas foram submetidas a exames radiográficos (incidências: antero-posterior, perfil e axial), onde se verificou o alinhamento femorotibial, a altura patelar, o ângulo do sulco, o ângulo de congruência, e o ângulo femoropatelar lateral. Também se mensurou a retração dos isquiotibiais e o ângulo Q em exame clínico e, os indivíduos da pesquisa ainda se submeteram a avaliação da força, por dinamometria isocinética, dos grupos musculares extensores e flexores do joelho e do quadril, além dos rotadores mediais e laterais e os adutores e abdutores do quadril. Após análise dos resultados, pode ser observado que as diferenças, estatisticamente significativas, entre os grupos estudados, foram quanto ao alinhamento do membro inferior, com o ângulo Q apresentando um p < 0,001, o ângulo femoropatelar lateral com um p = 0,006, o ângulo do sulco com o p < 0,001, o ângulo de congruência com o p = 0,027 e, o único parâmetro diferente estatisticamente na dinamometria isocinética, foi o ângulo do pico de torque da extensão do quadril, com um p = 0,03. De acordo com os resultados da comparação entre o grupo sintomático e o assintomático, observa-se que há uma relação importante do mau alinhamento da articulação do joelho com a sintomatologia estudada, porém não pode ser apontado um ou outro ângulo como o mais importante para o surgimento da dor, ou talvez ainda possa ser dito que estes desalinhamentos predispõem o joelho ao sintoma, mas talvez não sejam as causas primárias da afecção. Ficou demonstrado que o aumento do ângulo Q e o encurtamento dos isquiotibiais não são causas de dor femoropatelar. Foi verificado que indivíduos com e sem o sintoma não apresentam diferença quanto a força muscular de músculos envolvidos na ação do quadril e do joelho. O ângulo femoropatelar lateral apresentou média maior no grupo assintomático, enquanto que a média do ângulo do sulco, no mesmo grupo, foi menor. Já o ângulo de congruência apresentou média positiva no grupo assintomático e negativa no grupo com dor, mostrando que a patela do grupo com dor, tem seu ápice mais medializado que a do grupo controle