Novos coletivos de resistência em produção: o que pode um corpo político-poético?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Silva, Ana Lucia Santos da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6143/tde-17092020-120058/
Resumo: Novos Coletivos de Resistência em produção: O que pode um Corpo Político-Poético? Os movimentos de ocupações nas escolas, universidades e espaços públicos, que eclodiram intensamente em todo o Brasil nos anos de 2016 e 2017, chamaram a atenção pela força dessas manifestações e ações coletivas. Os movimentos das ocupações secundaristas em toda a sua heterogeneidade anunciavam um jeito outro de resistir e se fazer ouvir. Entre outros disparadores de reflexão, destacou-se uma livre expressão de um corpo que comunicava ações político poéticas como produtoras de vidas e sinalizavam para os demais movimentos e manifestações que pediam olhares atentos e análises cuidadosas dos novos coletivos de resistência da contemporaneidade. Este estudo aponta para a necessidade de pensar a dimensão ativa das vidas destes coletivos/sujeitos, nas suas práticas políticas, poéticas, estéticas, culturais e afetivas, interrogando-os sobre o que pode um corpo político-poético na atualidade. Trata-se de uma pesquisa com análises micropolítica e esquizoanalítica dos encontros-acontecimentos produzidos na composição cartográfica das manifestações dos grupos de poetas da periferia da cidade de Belém/PA, em particular do coletivo Slam Dandaras do Norte. O estudo parte do encontro entre a pesquisadora e poeta da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo e as produções das mulheres, manas, poetas, pretas e moradoras das periferias da cidade de Belém que protagonizam batalhas de Slam. Anuncia os recolhimentos de campo, as transmutações produzidas no processo de experimentação cartográfica. Apresenta e se apresenta nos encontros com os coletivos de resistência na atualidade em toda as suas especificidades, potencialidades, fragilidades e disputas. Assim, é uma batalha, é uma partilha e uma saúde. É uma tese-batalha! Os coletivos políticos-poéticos que protagonizam batalhas de Slam e encontros de Saraus poéticos na cidade, têm crescido cada vez mais, e produzido intervenções poéticas, manifestos, encontros-batalhas de poesia e atos que potencializam suas existências, demandas políticas e produção de si.