Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Câmara, Lucas Morbach de Arruda |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8131/tde-03082023-151548/
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Resumo: |
A coordenação pré-eleitoral é um dos principais processos pelos quais se espera que a competição eleitoral atue para reduzir o número efetivo de partidos políticos. Estes tendem a avaliar suas perspectivas de vitória eleitoral e decidem entrar ou se retirar da competição. Os eleitores também fazem parte do processo, pois espera-se que eles abandonem as candidaturas menos competitivas e concentrem seus votos em alguns poucos candidatos com maiores chances de vitória, coordenando suas escolhas através do chamado voto estratégico. A experiência brasileira não necessariamente se adequa a essa narrativa, na medida em que o número de partidos não só é muito alto, como também tem crescido de forma constante até as eleições de 2018. Aqui, analiso as razões para isso nos dois loci da coordenação pré-eleitoral: a coordenação local, que acontece dentro de um determinado distrito eleitoral, e o processo mais amplo e nacional de coordenação interdistrital. Em nível local, investigo o impacto das altas magnitudes de distrito presentes no Brasil sobre o número efetivo de partidos legislativos, mostrando que o sistema eleitoral altamente permissivo do país é de fato conducente à fragmentação do sistema partidário. Em nível nacional, utilizo um conjunto até agora pouco explorado de documentos disponíveis publicamente para descrever como as direções nacionais dos partidos controlam esse processo, e até que ponto escolhem fazê-lo. Em conjunto, o estudo destaca o fato de que o sistema eleitoral brasileiro coloca poucas restrições aos partidos políticos, permitindo que tal sistema partidário fragmentado surja e dando-lhe as condições para se sustentar, mesmo que os partidos individualmente não tenham nem confiança do eleitorado e nem apoio popular constante. |