Tomografia computadorizada comparativa com manobras de estresse para avaliação de instabilidade da sindesmose tibiofibular distal na fase aguda pós-entorse do tornozelo: um estudo de acurácia diagnóstica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Rodrigues, João Carlos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5140/tde-18012023-120332/
Resumo: INTRODUÇÃO: A lesão ligamentar da sindesmose tibiofibular distal é a principal causa de incapacidade e dor crônica persistente após entorse de tornozelo e frequentemente exige períodos de recuperação mais longos e tratamentos mais complexos do que a lesão dos ligamentos colaterais laterais. Embora várias opções de exames de imagem estejam disponíveis para detectar lesão ligamentar, o diagnóstico da instabilidade da sindesmose ainda é um desafio. O objetivo deste estudo foi determinar a acurácia diagnóstica da tomografia computadorizada com manobras de estresse e comparar com a tomografia em posição neutra para identificação da instabilidade da sindesmose na fase aguda pós-entorse de tornozelo. MÉTODOS: O Departamento de Radiologia, em parceria com o Departamento de Ortopedia, conduziu este estudo prospectivo de acurácia diagnóstica. Foram incluídos, consecutivamente, adultos maiores de 18 anos, de ambos os sexos, que sofreram entorse de tornozelo e apresentaram exame ortopédico positivo para lesão ligamentar aguda da sindesmose, atendidos no Ambulatório de Tornozelo e Pé. Os participantes realizaram tomografia comparativa dos tornozelos em três fases. Primeiro: os tornozelos estavam em posição neutra. Segundo: os joelhos estavam em extensão e os tornozelos em rotação externa e extensão. Terceiro: os joelhos estavam em semiflexão e os tornozelos em rotação externa e extensão. As medidas de rotação, translação lateral e translação anteroposterior da fíbula em relação à tíbia diagnosticaram a instabilidade da sindesmose nas três fases do exame. A ressonância magnética foi usada como padrão de referência para avaliar a acurácia diagnóstica da tomografia. A área sob a curva ROC comparou a acurácia diagnóstica das três fases da tomografia. O ponto de corte ideal foi calculado com base no índice J de Youden, considerando o custo três vezes maior de um resultado falso-negativo do que um falso-positivo e uma prevalência de lesão da sindesmose estimada em 10%. RESULTADOS: Sessenta e oito participantes foram analisados, sendo 37 homens e 31 mulheres com idade entre 18 e 69 anos e média de 36,5 anos. A melhor acurácia diagnóstica ocorreu com a medida rotacional, cujas manobras de estresse apresentaram área sob a curva ROC maiores do que a posição neutra, atingindo 0,97 para os joelhos em extensão, 0,99 para os joelhos em semiflexão e 0,62 para a posição neutra. O ponto de corte para as manobras de estresse obteve valor ideal de 1,0 mm na medida rotacional, atingindo 83% de sensibilidade e 96% de especificidade para os joelhos em extensão e 85% e 100% para os joelhos em semiflexão, respectivamente. O ponto de corte para a posição neutra obteve valor ideal de 0,7 mm, atingindo sensibilidade de 25% e especificidade de 96%. CONCLUSÕES: Os resultados deste estudo confirmaram que a tomografia com manobras de estresse teve acurácia significativamente superior à tomografia em Resumo João Carlos Rodrigues posição neutra, para diagnóstico da instabilidade da sindesmose na fase aguda pós-entorse do tornozelo