Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2002 |
Autor(a) principal: |
Bergo, Eduardo Sterlino |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-02022021-180718/
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Resumo: |
Objetivos - Este trabalho foi motivado pela ausência de dados sobre mosquitos vetores de malária no interior do estado de São Paulo, Brasil. Buscou-se a atualização das informações sobre a ocupação do ambiente antropogênico, representado por pastagens e plantações de cana de açúcar, por espécies de Anopheles. O objetivo foi analisar as freqüências das distribuições peri e extradomiciliares durante o período crepuscular vespertino. Isso foi feito pela comparação da atração dos mosquitos a três diferentes métodos de coleta, os quais evidenciaram diferenças espaciais e sazonais específicas, bem como suas diferentes abundâncias no ambiente alterado. Métodos - A localidade escolhida para essas observações foi uma fazenda localizada próximo ao centro geográfico do estado de São Paulo, Brasil, às margens do rio Jacaré Pepira, onde estudos anteriores haviam mostrado grande variedade específica de Anopheles. Os mosquitos foram coletados semanalmente utilizando-se armadilha tipo Shannon no extradomicílio, e aspiração menor e isca animal no peridomicílio. Resultados - As coletas totalizaram 5.172 Anopheles distribuídos por 14 espécies pertencentes ao subgênero Nyssorhynchus. Deste total 4.346 mosquitos foram obtidos na armadilha tipo Shannon, 786 na isca animal e apenas 40 na aspiração menor. Do ponto de vista epidemiológico, Anopheles (Nys.) darlingi foi a espécie mais importante daquela área, tendo sido mais abundante no mês de março e ausente em outubro, novembro e dezembro. Anopheles (Nys.) albitarsis foi separado e designado \"A\" e \"B\", baseado apenas na proporção da marcação negra do segundo tarsômero posterior. A Forma B foi a mais abundante na área amostrada, principalmente na armadilha tipo Shannon, e a forma A foi mais abundante na coletas realizadas sobre a isca animal. A distribuição sazonal de ambas as formas de An. albitarsis foi irregular. Outras espécies prevalentes na área foram Anopheles (Nys.) galvaoi e Anopheles (Nys.) strodei. Em linhas gerais, as espécies da Seção Albimanus do subgênero Nyssorhynchus foram mais abundantes durante o mês de Março. Não houve correlação significativa entre o número de mosquitos coletados, chuvas e temperatura. Conclusões - A grande variabilidade específica de Anopheles é uma evidência de que as modificações antropogênicas resultantes da ocupação do solo por cana de açúcar e pastagens não alterou de modo irreversível o ambiente ocupado pelos anofelíneos. Não houve evidência de colonização do espaço humano por esses mosquitos. As variações quantitativas mensais registradas no extradomicílio foram muito semelhantes àquelas registradas no peridomicílio sobre a isca animal. A presença de animais domésticos no peridomicílio, como bovinos e eqüinos, atuou como barreira, evitando a aproximação dos Anopheles da casa habitada, reduzindo a possibilidade de contato domiciliar homem-vetor. |