Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Martins, Felipe Aureliano |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6143/tde-17012022-123526/
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Resumo: |
Introdução: A pandemia da Covid-19 provocou mudanças no funcionamento dos serviços e na saúde mental da população, revelando problemas instituídos na Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) brasileira, suas novas necessidades, e os impasses para a produção do cuidado nos serviços de base territorial comunitária. Em um cenário pautado pela Pandemia da COVID-19 é importante a reflexão do processo de trabalho para viabilizar um cuidado interprofissional em saúde mental e em rede. A interprofissionalidade diz respeito ao fazer colaborativo entre dois ou mais profissionais de diferentes formações que estimulam discussões e trocas sobre aspectos comuns a mais de uma especialidade. No qual, há a troca de saberes e práticas que possibilitam a ampliação do olhar e da clínica. Pensando nisso, e tendo em vista o recente processo de reforma psiquiátrica no país, a pesquisa analisou a compreensão dos profissionais de saúde referente à noção de trabalho interprofissional para a exercício do cuidado em saúde mental de pessoas vulneradas pelo sofrimento psíquico, os impactos da pandemia no cotidiano do trabalho interprofissional de um serviço de saúde mental e sua articulação com outros serviços da RAPS e os movimentos instituídos e instituintes referentes ao trabalho em saúde mental no contexto de pandemia da COVID-19. Objetivo: Analisar o trabalho Interprofissional em um CAPS no contexto de pandemia: COVID-19. Métodos: Trata-se de pesquisa exploratória, qualitativa e descritiva realizada em um CAPS de uma capital do Brasil. A produção dos dados foi obtida por meio de registro de diário de campo e da aplicação de entrevista semiestruturada sobre o cotidiano do trabalho interprofissional no cuidado saúde mental, no contexto da pandemia, as quais tiveram seus áudios gravados, transcritos, categorizados por temas, e analisados através da metodologia da Análise Institucional (AI), proposta por Lourau. Assim, foi possível explorar os resultados da pesquisa e produzir uma análise. Resultados: Foram identificadas quatro categorias temáticas: Percepção do trabalho Interprofissional por profissionais no cuidado em Saúde Mental; O cotidiano de trabalho no CAPS durante a pandemia; A (des)articulação da RAPS e Repercussões na saúde mental dos profissionais do CAPS como consequência do cenário pandêmico. A exposição dos resultados e a discussão buscaram ecoar as vozes dos trabalhadores do CAPS e identificar os movimentos instituídos e instituintes no trabalho interprofissional para o cuidado em saúde mental no contexto da pandemia de COVID-19. Conclusão: Olhar para a prática do cuidado em saúde mental, pensar em (re)inserção social através da (re)habilitação psicossocial e promover tratamento de base territorial em saúde mental, por meio do trabalho interprofissional, é um desafio frente a falta de investimentos e capacitação adequada dos profissionais, revelados pela pandemia. Os achados sugerem falhas na gestão dos serviços da rede, a fragmentação do trabalho, a desassistência, a desarticulação da RAPS e a cronificação de práticas manicomiais. |