Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Bertolo, Mirella Romanelli Vicente |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/75/75135/tde-21032024-110125/
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Resumo: |
As perdas pós-colheita de alimentos são definidas como modificações ou reduções mensuráveis em sua qualidade e/ou quantidade, depois de colhidos, que os tornam inadequados para o consumo humano. Na prática, são decorrentes de doenças causadas por fungos e bactérias, desordens fisiológicas e danos físicos às frutas. Novas tecnologias de conservação de baixo custo vêm sendo desenvolvidas para reduzir as perdas pós-colheita de alimentos, como o uso de revestimentos poliméricos naturais. Desta forma, o objetivo geral desta tese foi o desenvolvimento de revestimentos à base de quitosana, gelatina e extrato de casca de romã para a manutenção da qualidade físico-química, microbiológica e sensorial de morangos. A formulação do revestimento foi otimizada com o auxílio de ferramentas quimiométricas, e o revestimento contendo 0,8% de quitosana, 0,2% de gelatina e 1 mg g-1 de extrato de casca de romã foi aplicado em morangos em seu período pós-colheita. As propriedades físico-químicas e microbiológicas dos frutos revestidos foram comparadas às de frutos controle (sem revestimento). Os frutos revestidos apresentaram menores porcentagens de perda de massa e de contaminação fúngica ao longo do armazenamento, e mantiveram sua coloração e sua firmeza. O revestimento também desacelerou as quedas nas taxas respiratórias dos frutos e em seu perfil de compostos bioativos e voláteis. Um teste sensorial de diferença do controle foi conduzido com provadores treinados, os quais não conseguiram diferenciar os frutos não recobertos dos recobertos com os revestimentos desenvolvidos. O custo do revestimento também foi estimado, ficando em torno de R$ 0,13/fruto. Além disso, novas possibilidades de estudo sobre o tema foram apresentadas: a aplicação do revestimento foi combinada com a aplicação de luz em terapia fotodinâmica, e os efeitos dessa combinação sobre as propriedades dos morangos foram avaliados. Além de não alterar a qualidade dos frutos, a combinação prolongou a vida útil dos morangos e melhorou sua segurança microbiana. Em outra vertente de estudo, os chamados solventes eutéticos naturais profundos (NADES) foram utilizados como meios alternativos e verdes de extração de compostos fenólicos da casca da romã, bem como de dois outros resíduos agroindustriais de importância econômica para o estado da Califórnia (local onde essa parte do estudo foi conduzida), a casca da amêndoa e o bagaço de sabugueiro. O NADES contendo cloreto de colina e ácido lático foi o escolhido como o mais adequado para o estudo de otimização das extrações assistidas por ultrassom, para os três materiais. Este solvente apresentou melhores resultados em relação à concentração e à composição de fenólicos nos extratos, quando comparado à uma solução etanólica (60%, v/v). Tais resultados abrem novas possibilidades para o uso de NADES como carreadores de fenólicos e como agentes plasticizantes em revestimentos à base de quitosana e gelatina. |