Supervisão escolar: desafios e compromissos com a educação emancipatória

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Souza, Marívia Perpétua Sampaio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-29112012-104200/
Resumo: Esta dissertação discute a supervisão escolar a partir do exame de sua origem histórica, baseando-se em pesquisa documental acerca do tema. Considerando a função do supervisor escolar conforme o que consta nos documentos legais, em outras publicações oficiais e o observado na prática desta profissional no universo da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo (SME-SP), a investigação realizada ressalta possibilidades e limites dessa atuação profissional diante do compromisso com a educação pública. Com a intenção de trazer à tona a origem da supervisão escolar, foi necessário recorrer à história da educação no Brasil e no município de São Paulo, no período compreendido entre 1956 e 2004. Para isso, foi consultada a bibliografia sobre o assunto e foram examinados documentos oficiais do acervo da SME-SP. Partindo da compreensão de que a supervisão escolar pertence ao conjunto de meios para a realização do processo educativo, tendo como fim a formação humana, e que é inserida nesse processo por meio da administração escolar, nossa opção foi partir do conceito de administração em geral, com o propósito de entender a essência da administração e deixar bem claro o que preconiza a chamada teoria geral da administração, ou seja, que esta não é geral, como propalado pelo senso comum, mas restrita ao capitalismo. Examinar os conceitos de administração e administração escolar e, em seguida, situar a supervisão escolar teve como objetivo tomá-la como objeto deste estudo e buscar compreender qual a sua contribuição para uma educação emancipatória. Buscamos a melhor apreensão das ideias de gerência, burocracia e empresa, pois são termos recorrentes nos textos relacionados a administração, administração escolar e supervisão escolar. A partir da concepção de educação como atualização histórico-cultural do homem, e concebendo que este humano se constitui sujeito na relação com seus semelhantes, procuramos destacar a diferença entre educação emancipatória e educação bancária. Assim, enquanto esta considera o aluno como um receptáculo vazio que vai recebendo informações e instruções, aquela reconhece o homem como ser histórico, produtor de sua existência, em sua relação com o mundo e, portanto, promove a pergunta à realidade, que se faz a partir da inquietação e da dúvida, em oposição à constatação e à conformação silenciosas. Na direção dessa busca de problematização da realidade, foi imprescindível discutir a importância da assistência às escolas e sua abrangência. Na perspectiva de avançar quanto a essa assistência às escolas, foi citada a intersetorialidade como possibilidade de uma política pública integrada, baseada no diálogo entre diferentes setores do governo, com vistas à transformação da realidade percebida quando da problematização. Finalmente, diante do estudo realizado, as sínteses, ainda que provisórias, demonstram que há a possibilidade de transformação da supervisão escolar, destacando a assistência às escolas e ao seu projeto político-pedagógico, caracterizando o compromisso com a educação emancipatória.