Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Vargas, Sheyla Cristina |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/74/74131/tde-11062015-103320/
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Resumo: |
A aquicultura no Brasil encontra-se numa fase de crescimento, principalmente com o cultivo intensivo de espécies de interesse comercial. Os peixes são abatidos por imersão em gelo e água, ou por asfixia em gelo, métodos que comprovadamente não causam a imediata perda de função cerebral e podem ter consequências prejudiciais à qualidade da carne. Desta forma, tornam-se necessários estudos que identifiquem a melhor forma de insensibilização para peixes, que proporcionem ao mesmo tempo menor sofrimento e maior qualidade da carne. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar influência da insensibilização pré abate por eletronarcose, narcose por CO2 e hipotermia sobre a qualidade da carne de bijupirá e estudar a estabilidade da carne sob o resfriamento e congelamento, mensurando as principais variáveis físico-químicas e sensoriais utilizadas tanto na indústria e na pesquisa. Para isso foram realizados dois experimentos, onde no primeiro noventa exemplares foram submetidos aos três tratamentos. Após a insensibilização os peixes foram abatidos por sangria e mantidos resfriados a 4ºC durante 21 dias. As amostras foram coletadas após a determinação da morte do animal (hora 0), 5 horas e aos 1, 7, 14 e 21 dias de armazenamento. Os dados foram submetidos à ANOVA e constatada diferença significativa (P<0,05), as médias foram comparadas pelo teste de Tukey. Foram avaliados o índice de rigor, pH muscular, bases nitrogenadas voláteis (BNV), propriedades dielétricas, análise sensorial, degradação do ATP muscular. O tempo decorrido para a insensibilização dos animais foi bastante diferente (eletronarcose: 2 segundos; narcose CO2: 31 minutos; hipotermia: 17,5 minutos). A coloração das brânquias apresentou diferença significativa (P<0,05). Peixes insensibilizados por hipotermia apresentaram maior velocidade de degradação de adenosina trifosfato e maior velocidade de formação de hipoxantina, animais insensibilizados por eletronarcose apresentaram maior velocidade aumento de valor de K. No segundo experimento os peixes foram submetidos a cada um dos tratamentos, e quando constatado o estado de insensibilização aparente, precedia-se com o corte dos arcos branquiais, filetagem, congelamento ultrarrápido, embalagem e manutenção em freezer -18ºC por 180 dias. A cada 60 dias amostras foram coletadas para avaliação de perda de água por gotejamento, perda de água por cocção, oxidação lipídica, desnaturação proteica, pH muscular, contração do filé, cor e alteração dos ácidos graxos durante o congelamento. A intensidade de vermelho foi maior nos peixes insensibilizado por eletronarcose (P>0,05). Foi constatado que o congelamento ultrarrápido é capaz de mascarar as perdas de qualidade decorrentes do estresse pré-abate. Nenhum dos tratamentos foi capaz de interferir significativamente (P>0,05) na degradação destes ácidos. Para os índices de saudabilidade estudados, houve diferença significativa entre os tratamentos tanto na relação n6/n3, peixes insensibilizados por eletronarcose apresentam melhores médias para índices trombogênico e aterogênico. Conclui-se que a eletronarcose pode ser uma boa opção para o abate de bijupirás, por causar insensibilização aparente rápida e com mínimo de sofrimento sem perda de qualidade da carne. |