Análise de listas de monossílabos na pesquisa da curva logoaudiométrica em idosos com perda auditiva sensorioneural

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Santana, Bruna Antonini
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25143/tde-25102021-104432/
Resumo: A curva logoaudiométrica é a avaliação mais completa para se obter o Índice de Reconhecimento da Fala (IRF). Contudo, essa prática foi abandonada em função do tempo dispendido na aplicação das listas de palavras comumente utilizadas na rotina clínica. Ao se utilizar a intensidade fixa da fala para a pesquisa do IRF, o desempenho do indivíduo poderá não ser o real. Objetivo: Analisar a aplicabilidade de listas de palavras monossílabas na pesquisa da curva logoaudiométrica em idosos com perda auditiva sensorioneural e verificar a influência da configuração audiométrica, do grau da perda auditiva, da idade e do gênero nos testes de detecção e reconhecimento da fala. Material e Métodos: Etapa 1 - Foram elaboradas 10 listas contendo 10 monossílabos em cada e com distribuição de frequência dos fonemas semelhante às listas originais com 25 monossílabos. Estas foram aplicadas em 45 indivíduos, 89 orelhas - 51 do gênero masculino e 38 do gênero feminino, idade entre 62 e 89 anos, diagnóstico de perda auditiva sensorioneural. O teste Análise de Variância (ANOVA) para medidas repetidas constatou diferença entre as listas de monossílabos, e o teste de Tukey verificou as diferenças entre as médias dos índices de acerto obtidos com as 10 listas. A partir dessa análise foram mantidas 6 listas para utilização na etapa 2. Etapa 2 Participaram 87 indivíduos, 174 orelhas - 90 do gênero masculino e 84 do gênero feminino, idade entre 60 e 90 anos, diagnóstico de perda auditiva sensorioneural. Foi realizada a pesquisa da curva logoaudiométrica obtendo-se o Limiar de Detecção da Fala (LDF), o Limiar de Reconhecimento da Fala (LRF), e o IRF variando-se a intensidade de apresentação da fala. A estatística contou com os testes: ANOVA, Tukey e Fisher, Coeficiente de Correlação de Pearson e Qui-Quadrado. Resultados: A configuração audiométrica, grau da perda auditiva e idade influenciaram o LDF. A configuração audiométrica, grau da perda auditiva, idade e gênero influenciaram o índice de reconhecimento de fala, sendo que a configuração plana, grau leve, idosos mais novos e gênero feminino apresentaram os melhores índices de acerto. A configuração audiométrica, grau da perda auditiva e gênero influenciaram o nível de sensação que gerou o Índice de Reconhecimento Máximo de Fala (IR-MAX), sendo que a configuração abrupta e o grau leve precisaram de maior intensidade para obter o IR-Max. Conclusão: Pôde-se verificar que a aplicação das listas de monossílabos utilizadas nesse estudo na pesquisa da curva logoaudiométrica, é viável, já que os achados relativos ao desempenho dos indivíduos no reconhecimento da fala, ao se considerar as variáveis configuração audiométrica, grau da perda auditiva, idade e gênero, foram compatíveis com os reportados em estudos prévios; e reproduziu o que é observado na rotina clínica, ou seja, houve relação entre o desempenho no reconhecimento da fala e todas as variáveis estudadas, bem como, entre o nível de sensação (NS) que gerou o IR-MAX e a configuração audiométrica, grau da perda auditiva e gênero. Não houve influência da idade para o NS que gerou o IR-MAX, e do gênero para a obtenção do LDF.