Influência da cognição e do metabolismo lipídico-inflamatório-oxidativo no desempenho auditivo de idosos após adaptação de próteses auditivas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Lessa, Alexandre Hundertmarck
Orientador(a): Costa, Maristela Julio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/197180
Resumo: Esta tese teve como objetivos realizar o rastreamento de mutações genéticas associadas à perda auditiva; avaliar o status cognitivo, os níveis de estresse oxidativo, o perfil lipídico e inflamatório, além da percepção de fala e de habilidades do processamento auditivo em pacientes idosos com perda auditiva, a fim de verificar associação entre estas variáveis e possível influência destes aspectos na mudança de desempenho auditivo, após três meses de uso de próteses auditivas, considerando o período de aclimatização. Para isso, 12 idosos com perda auditiva bilateral simétrica de grau leve a moderado foram avaliados. Inicialmente, foram submetidos a diversas análises sanguíneas para análise genética e para avaliar seu metabolismo lipídico, inflamatório e oxidativo. Foram também avaliados cognitivamente por meio da Bateria Consortium to Establish a Registry for Alzheimer’s Disease; quanto às habilidades auditivas de resolução e ordenação temporal, além de separação e integração binaural, por meio dos testes Random Gap Detection Test, Testes Padrão de Duração e de Frequência e Teste Dicótico de Dígitos; em relação à percepção de fala, foram avaliados pela obtenção de Índices de Reconhecimento de Sentenças no Silêncio e no Ruído, por meio do Teste Listas de Sentenças em Português Brasileiro. Após todas estas avaliações, os idosos fizeram uso de próteses auditivas pelo período de três meses e novamente tiveram as habilidades auditivas e as medidas relacionadas à percepção de fala avaliadas. Os dados foram correlacionados estatisticamente. Nenhum dos idosos apresentou qualquer das mutações genéticas testadas. Ao analisar apenas os dados iniciais, as habilidades auditivas de ordenação e resolução temporal tiveram correlação com algumas avaliações cognitivas e análises de níveis de estresse oxidativo; já as medidas de reconhecimento de fala tiveram correlação apenas com alguns níveis de estresse oxidativo. A diferença de desempenho, entre avaliação pré-adaptação de próteses auditivas e após o período de aclimatização, nas habilidades auditivas de ordenação e resolução temporal, além de integração binaural, teve correlação inversa com algumas avaliações cognitivas; observou-se também que a melhora na habilidade de resolução temporal teve correlação com níveis altos de uma citocina inflamatória e com níveis baixos de um marcador de estresse oxidativo; já na comparação de resultados entre os momentos de avaliação da percepção de fala, nenhuma das variáveis demonstrou diferença estatisticamente significante. Com isso, percebeu-se que mesmo com prejuízo cognitivo, os idosos apresentam possibilidade de estimulação da plasticidade neural; verificou-se também que as habilidades auditivas, especialmente àquelas ligadas ao processamento auditivo temporal, assim como a percepção de fala em situações de silêncio e ruído, sofreram certa influência, principalmente de níveis de estresse oxidativo, medidos por meio de análises sanguíneas.