Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Peres, Isabela Kojin |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/91/91131/tde-11072023-100236/
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Resumo: |
Diante do cenário de agravamento da crise socioambiental global com o avanço das mudanças climáticas e seus eventos extremos, a conservação dos ecossistemas naturais torna-se cada vez mais urgente e, por conta da magnitude e extensão da degradação, também é necessário promover processos de recuperação e restauração ecológica em grande escala. Observa-se nas últimas décadas o avanço do campo técnico e científico da ecologia da restauração e a institucionalização da restauração, em especial a florestal, com o aumento crescente de pesquisas, projetos e políticas públicas em nível nacional e mundial. A restauração ecológica aparece, assim, como uma estratégia para adiar o fim do mundo e também para curar não apenas ecossistemas degradados, como também a própria relação entre ser humano e natureza, por envolver processos de experimentação e cocriação entre ambos, a partir de diferentes práticas, sentidos e objetivos. Por carregar uma intencionalidade humana que a orienta e conduz, cabe perguntar como, por quem e qual restauração tem sido promovida e realizada. Visando contribuir para o fortalecimento dos aspectos socioculturais da restauração e tendo a Mata Atlântica como enfoque, a tese carrega duas hipóteses: a primeira delas é que a restauração florestal no bioma está alinhada com a perspectiva de modernização ecológica, insuficiente para romper com a lógica que gera a degradação socioambiental que a demanda e os desafios existentes para a regeneração de Gaia. Para isso, foi realizado um estudo exploratório multirrefencial baseado em um levantamento virtual e pesquisa documental de atores e iniciativas de restauração, e entrevistas, com a triangulação de dados e sujeitos. A partir da análise textual discursiva, buscou-se compreender como a restauração florestal é concebida e realizada e como a participação se insere ou se relaciona com ela. Os resultados apontam que a restauração florestal na Mata Atlântica vem se fortalecendo a partir de uma diversidade de iniciativas com inúmeras conquistas, Porém, são pautadas pela racionalidade instrumental e voltadas à recuperação, a regularização ambiental e a produtividade, e, assim, reproduzindo o projeto da modernidade. A segunda hipótese é que, portanto, de que a restauração deve estar comprometida com mudanças culturais profundas e com outras relações paradigmáticas com a natureza. Para isso é discutida a realização da participação educadora ambientalista que tenha caráter emancipatório. |