Avaliação molecular, tomográfica e microscópica dos côndilos após avanço cirúrgico mandibular utilizando fixação rígida e semi-rígida: estudo em minipigs

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Navarro, Ricardo de Lima
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25134/tde-21062007-160147/
Resumo: Este trabalho objetivou elucidar as mudanças ocorridas na articulação temporomandibular (ATM) após o avanço cirúrgico mandibular com diferentes técnicas de fixação: fixação rígida (parafusos bicorticais) e fixação semi-rígida (mini-placas). Doze minipigs (BR-1 Minipig), com 15 meses de idade, divididos igualmente em dois grupos (Grupo 2, Fixação rígida e Grupo 3, fixação semi-rígida) foram operados e formaram os grupos experimentais; seis animais, com a mesma idade e não operados, formaram o grupo controle (Grupo 1). Quatro meses após as cirurgias, os animais foram mortos e todas as ATMs e amostras de líquido sinovial foram coletadas. As ATMs foram preparadas para análise histológica após a realização de tomografias computadorizadas (TC), as quais objetivaram a detecção de osteófito, erosão e achatamento. A presença de um marcador pró-inflamatório, a interleucina (IL)-6, e um marcador antiinflamatório, IL-10 no líquido sinovial, foi determinada pelo teste ELISA. A avaliação por TC demonstrou significantes alterações na forma do côndilo (erosão, P=0,0010; osteófito, P<0,0001) no grupo 2, quando comparado aos grupos 1 e 3. No grupo controle, os mesmos níveis de IL-6 e IL-10 foram observados (83,2 pg/mL e 80,6 pg/mL, respectivamente), compatíveis com ausência de sinais inflamatórios. No grupo com fixação semi-rígida, valores mais elevados de IL-6 em comparação à IL-10 indicaram um processo de inflamação ativo (140.0 pg/mL e 95.6 pg/mL, respectivamente). Ao contrário, no grupo com fixação rígida obtiveram-se valores mais baixos de IL-6 comparados à IL-10 (103,5 pg/mL e 138,9 pg/mL, respectivamente) sugerindo inflamação recente já cessada ou se encerrando. Foi possível concluir que a fixação rígida provoca sinais mais pronunciados de remodelação óssea nas ATMs, enquanto que a fixação semi-rígida promove uma atividade inflamatória mais duradoura. Portanto, fatores intrínsecos da fixação rígida transmitem maior impacto das forças mastigatórias pós-cirúrgicas para a ATM em comparação à fixação semi-rígida.