O ethos e o pathos no hipergênero \"primeira página\". Análise discursiva das edições de abril de 1964 dos diários Correio da Manhã  e o Globo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Piris, Eduardo Lopes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8142/tde-21082012-121315/
Resumo: Esta pesquisa situa-se na interface entre a Análise do Discurso e a Teoria da Argumentação no Discurso e visa a proceder à análise discursivo-argumentativa das primeiras páginas das edições de abril de 1964 dos jornais Correio da Manhã e O Globo. As análises mostram de que maneira o pathos contribui para a construção do ethos no discurso jornalístico, constatando como as emoções (ainda que não mostradas explicitamente no enunciado) participam da construção do posicionamento e da identidade discursiva dessas empresas de comunicação num momento específico de crise política. Para tanto, considera a produção desses discursos no bojo de uma relação polêmica controversa entre duas formações discursivas diametralmente opostas, a saber: uma revolucionária e uma antigolpista. Quanto aos procedimentos teórico-metodológicos da pesquisa, a depreensão da qualidade do pathos e do ethos discursivos baseou-se na análise da composição do layout da primeira página, da inter-relação dos gêneros jornalísticos no hipergênero primeira página jornalística, e do cenário passional. Os resultados da pesquisa revelam que as paixões construídas nas primeiras páginas do Correio da Manhã e dO Globo projetam dois ethé jornalísticos bem distintos que legitimam a enunciação de discursos com diferentes posicionamentos sobre o movimento político de 1964. Por fim, a pesquisa conclui o vínculo entre o pathos, o ethos, o posicionamento e a identidade discursiva de cada jornal no interior da polêmica entre as formações discursivas revolucionária e antigolpista.