Características silviculturais e potencial de uso das espécies moringa (<i>Moringa oleifera</i> Lam.) e nim indiano (<i>Azadirachta indica</i> A. Juss.): uma alternativa para o semi-árido paraibano

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2000
Autor(a) principal: Araújo, Lúcio Valério Coutinho de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
NIM
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11142/tde-20210918-201435/
Resumo: Neste trabalho foi feita uma extensa revisão de literatura a respeito das espécies moringa (<i>Moringa oleifera</i> Lam.) e nim indiano (<i>Azadirachta indica</i> A. Juss.). Com o objetivo de determinar o potencial de uso, a produção de biomassa e a qualidade da madeira para fins energéticos, foram localizados no país, plantios das duas espécies para coleta dos dados. As medições e amostras de madeira da espécie moringa, foram obtidas na região semi-árida da Paraíba (São Mamede-PB), em um plantio com 127 árvores. No caso da espécie nim indiano, o plantio com 586 árvores, localizava-se na região Centro-Oeste do país (Sto. Antônio de Goiás-GO), esta opção deveu-se ao fato de não existir, na ocasião plantios de nim na região semi-árida. Foi feita a cubagem rigorosa através do método de Smalian, e a pesagem dos componentes (lenha, ramos e folhas) de 18 árvores de moringa e 22 de nim indiano, além de coletadas amostras de madeira, a diversas alturas da árvore, para as análises de densidade básica, teor de extrativos totais, teor de lignina, teor de holocelulose, poder calorífico superior, rendimento de carvão, teor de carbono fixo, teor de cinzas e teor de materiais voláteis. As análises qualitativas foram feitas seguindo metodologia adotada pelo Laboratório do Setor de Química, Celulose e Energia da ESALQ/USP. Foram obtidos valores de 3,02 x 10<sup><small>4</sup></small> kg/ha e 2,65 x 10<sup><small>4</sup></small> kg/ha para biomassa total, 23,14 m<sup><small>3</sup></small>/ha e 15,52 m<sup><small>3</sup></small>/ha para volume de madeira e 0,19 g/cm<sup><small>3</sup></small> e 0,57 g/cm<sup><small>3</sup></small> para densidade básica, respectivamente para moringa e nim indiano. Os resultados obtidos permitem concluir que as espécies, dentro de suas limitações, podem contribuir para o setor florestal da região semi-árida, face aos múltiplos usos das mesmas. O nim indiano apresentou maior densidade básica e porcentagem de carbono fixo que a moringa, o que revela um maior potencial energético desta espécie. Recomendam-se estudos mais detalhados para ambas as espécies, principalmente, no que se refere à espécie nim indiano, tendo em vista que os dados não foram obtidos em região de características semi-áridas.