Crescimento de recém-nascidos pré-termos tardios nos primeiros seis meses de idade corrigida em Cuiabá-MT

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Lopes, Margareth Corrêa Lima
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5141/tde-24102014-125210/
Resumo: Introdução: O nascimento de recém-nascidos pré-termo tardios (RNPT-T), geralmente tratados como \"quase termo\", vem aumentando nas últimas décadas. Vários fatores são atríbuídos à sua etiologia e contribuem para aumentar as taxas de morbimortalidade perinatal e infantil. Atualmente se dispõe de poucos estudos sobre esses recém-nascidos, especialmente sobre o seu crescimento. Objetivos: Analisar o crescimento de RNPT-T nos seis primeiros meses de idade corrigida. Métodos: Estudo observacional, analítico de uma coorte de 64 RNPT-T, coletados nos quatro maiores hospitais de Cuiabá, entre janeiro e setembro de 2013 e acompanhados até 6 meses de idade corrigida. Os dados foram coletados ao nascer, às 40 semanas, 3 e 6 meses de idade corrigida. Foram realizadas análises de correlação entre os parâmetros antropométricos perímetro braquial (PB) e prega cutânea tricipital (PCT) em função dos índices antropométricos PB/PC (perímetro cefálico), peso/comprimento (P/C) e Índice de Massa Corpórea (IMC) e realizada regressão linear múltipla. Resultados: Ao nascimento, 81,3% foram classificados como adequados para a idade gestacional, com a média de peso de 2343,80g ± 430,50. Todos os recém-nascidos apresentaram crescimento contínuo nos seis meses de idade corrigida para os valores de peso, comprimento e perímetro cefálico (PC). Já os valores médios de PCT, de PB/PC e de IMC não mostraram diferença aos 6 meses de idade corrigida. Todos os coeficientes de correlação (r) dos parâmetros PCT e PB em relação aos índices antropométricos apresentaram significância estatística, sendo os valores mais altos para PB versus PB/PC e P/C e menores para PB versus IMC. No modelo final da regressão linear múltipla da PCT, o PB/PC contribuiu significantemente para predizer o depósito de gordura ao nascimento, às 40 semanas e aos 3 meses de idade corrigida (33,8%%, 46,07% e 18,08% respectivamente); aos 6 meses o melhor preditor foi a razão P/C (10,45%). O melhor preditor para o PB foi o PB/PC, que permaneceu no modelo com valores de 73,71%% em todos os tempos avaliados. Conclusão: Os parâmetros peso, comprimento, perímetro cefálico e perímetro braquial e a relação P/C aumentaram nos quatro tempos de aferição, enquanto o PCT e as relações PB/PC e IMC não se modificaram do primeiro para o segundo trimestre e o PB/PC foi o melhor preditor do depósito de gordura subcutânea tricipital (PCT) e de massa gorda e muscular (PB)