Silêncio dos professores? Uma interpretação sociológica sobre a \"ausência\" da voz docente no jornalismo educacional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Campagnucci, Fernanda
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-09122014-112912/
Resumo: Muitos são os agentes presentes hoje na cobertura da imprensa sobre educação: organizações não governamentais, políticos, pesquisadores, empresários. No entanto, constata-se a ausência da opinião dos professores da educação básica, apesar de estes se encontrarem em posição privilegiada para avaliar a execução das políticas educacionais. Esta pesquisa identifica e analisa o silêncio dos professores como uma construção social. Parte da hipótese de que se articulam nesse processo de silenciamento fatores de ordem objetiva e de ordem subjetiva. Como expressão de ordem objetiva, destacam-se o contexto de desvalorização social e econômica do papel do professor, as representações que circulam no imaginário social a respeito da docência e a existência de mecanismos legais, administrativos e burocráticos que tolhem sua liberdade de expressão. Como elementos de ordem subjetiva, salienta-se a dinâmica da identidade profissional docente, construída e assimilada a partir de um panorama de desvalorização e suas percepções sobre seu papel no debate educacional. Buscou-se compreender de que maneira esses fatores se articulam, a partir do aporte das teorias da socialização contemporâneas. Para desenvolver esse argumento, foram coletados dados secundários sobre o professorado e a docência no Brasil em fontes acadêmicas e midiáticas, e realizadas dez entrevistas em profundidade com professores da rede estadual de ensino de São Paulo.