Manejo de capim-amargoso perenizado e tolerante a glyphosate com herbicidas associados ou não a 2,4-D sal de dimetilamina e 2,4-D choline

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Pavan, Guilherme Bacarim
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-18052018-181208/
Resumo: O capim-amargoso (Digitaria insularis) é uma planta daninha que ganhou importância no cenário agrícola brasileiro recentemente, decorrente da dificuldade natural de se controlar essa espécie de planta daninha e pela descoberta de populações resistentes ao glyphosate. Esse trabalho teve o objetivo de estudar os níveis de resistência apresentados por populações de capim-amargoso dos estados do Paraná e São Paulo e avaliar o controle de proporcionado por aplicações de herbicidas associados ou não a duas formulações de 2,4-D, em plantas perenizadas adultas e após roçada mecânica. No primeiro experimento foram coletadas populações de capim-amargoso em quinze áreas nos estados do Paraná e São Paulo. Foi feita a aplicação de 8 doses crescentes de glyphosate (0; 67,5; 135; 270; 540; 1080; 2160 e 4320 g e.a.ha-1) em 5 repetições para a obtenção da curva de dose resposta. Os dados de controle foram submetidos ao modelo de regressão não-linear do tipo log-logístico para determinação dos parâmetros das curvas de dose-resposta, em seguida foi determinado o fator de resistência para cada população. No segundo e terceiro experimentos foi avaliada a eficácia de controle de capim-amargoso através de 31 associações entre os herbicidas glyphosate, 2,4-D dimethylamine, 2,4-D choline, haloxyfop, clethodim, glufosinate, em plantas perenizadas adultas e após roçada mecânica a 20cm. Existe um cenário de evolução nos casos de resistência de capim-amargoso ao herbicida glyphosate nos estados de São Paulo e Paraná. Grande parte das populações estudadas apresentaram algum nível de resistência ao glyphosate, mas em maioria (67%) baixa resistência. No entanto, a constatação de populações com fatores de resistência muito altos serve como alerta para a necessidade do uso do manejo integrado de plantas daninhas, buscando usar boas práticas agrícolas para que as populações que ainda apresentam baixo nível de resistência não atinjam esse mesmo patamar. É possível afirmar que o controle de plantas adultas de capim-amargoso resistente ao glyphosate é facilitado com a roçada mecânica, podendo atingir resultados semelhantes ao controle das plantas não roçadas, com uma aplicação sequencial. Existem diversas combinações de associações e aplicações sequenciais entre glyphosate, haloxyfop, clethodim e glufosinate, em associação ou não com 2,4-D colina e 2,4-D dimetilamina, capazes de proporcionar controle superior a 90% em plantas de capim-amargoso, roçadas ou não. Independente do tratamento algumas plantas sofreram rebrota, sendo a intensidade dessa importante na ocasião da aplicação sequencial. É recomendado que esse parâmetro seja observado com cautela para tomada de decisão correta, principalmente no caso de roçada mecânica das plantas, prévia a aplicação de herbicidas. Foi possível observar que a nova formulação de 2,4-D colina possui comportamento similar ao 2,4-D dimetilamina em relação a possíveis antagonismos em associações com graminicidas. Isso indica que os conhecimentos anteriores servem como uma boa referência para uso da nova formulação enquanto novos estudos são desenvolvidos.