Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Carvalhanas, Telma Regina Marques Pinto |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-20022014-132149/
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Resumo: |
Objetivos: Avaliar o impacto global, direto, indireto e a tendência da duração de proteção da vacinação contra o Haemophilus influenzae tipo b (Hib), no estado de São Paulo (ESP) e no município de São Paulo (MSP), na população de 0 - 59 meses, comparando os períodos pré-vacinal (1996 - 1998) e pós-vacinal (2001 - 2009). Métodos: estudo com componente descritivo e de cunho analítico, retrospectivo. A população de estudo incluiu os menores de cinco anos residentes no ESP e no MSP. Adotou-se como definição de caso confirmado o menor de cinco anos identificado como positivo para o Hib em cultura e/ou contraimunoeletroforese e/ou látex e/ou RT-PCR, em amostra de LCR e sangue, e/ou vínculo epidemiológico. Os dados foram obtidos a partir do SINAN, SIGH-Web Instituto Adolfo Lutz e Fundação IBGE. As variáveis de estudo incluíram as demográficas, clínicas e relativas ao agente, apresentadas em séries temporais e períodos estabelecidos para parametrização e comparabilidade. O parâmetro das avaliações de impacto foi a magnitude da variação da incidência de meningite causada pelo Hib. Para cada estimativa de impacto construiu-se um Intervalo de Confiança (IC) de 95 por cento a partir do cálculo de Risco Relativo (RR). As estimativas do risco relativo (RR) e os respectivos intervalos de 95 por cento de confiança foram analisados utilizando-se o software R. Resultados: nos períodos considerados, foram descritos 1.561 casos confirmados de meningites por Hib no ESP, sendo 27,16 por cento (424/1.561) no MSP, e 80,78 por cento (1.261/1.561) dos casos foram registrados em menores de cinco anos. A maioria dos casos foi confirmada por cultura, com percentual médio de 65 por cento no ESP e 66 por cento no MSP. As taxas médias de incidência de meningites por Hib mais significativas no período pré-vacinal verificaram-se nos menores de um ano (30,56/105- ESP; 32,06/105 - MSP), considerada a faixa etária de maior risco de adoecimento. Após a introdução da vacina contra o Hib em 1999 (menores de dois anos), as taxas de incidência de meningites por Hib declinaram de forma sustentável nos períodos subsequentes analisados. A incidência de meningite por Hib durante o período pós-vacinal variou de 4,02/105- 1,68/105 nos menores de um ano, no ESP e MSP respectivamente e, de forma similar, de 1,43/105 1,01/105 nos menores de cinco anos. Nos menores de 7 - 23 meses (impacto direto), o percentual de redução foi de 95,11 por cento [66,43 - 99,29] no ESP e 95,91 por cento [70,63 - 99,43] no MSP. O impacto global observado nos menores de cinco anos foi 88,19 por cento [26,58 - 98,10] no ESP e 91,06 por cento [33,99 - 98,79] no MSP. Os dados de vigilância mostram que os casos de meningites por Hib continuam ocorrendo, porém em níveis baixos, ao longo de 10 anos após a introdução do esquema de três doses primárias da vacina conjugada específica. Conclusão: a partir deste racional pode-se inferir a utilidade prática e econômica a favor desta modalidade programática adotada no território paulista, com a evidência de redução relativa de meningites por Hib. |