O banco da ordem: política e finanças no império brasileiro (1853-66)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Gambi, Thiago Fontelas Rosado
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8137/tde-22112010-222756/
Resumo: Este trabalho busca entrelaçar a história de um banco, das idéias econômicas de um homem e de um projeto político. O segundo Banco do Brasil foi idealizado e concretizado pelo então ministro da fazenda Joaquim José Rodrigues Torres, futuro visconde de Itaboraí, e se inseria, como braço financeiro, no projeto conservador de centralização política do império, no projeto político saquarema de construção e consolidação do Estado imperial. A tese que guia o trabalho é de que o banco foi resultado desse projeto político mais amplo levado a cabo pelos saquaremas. Embora fosse uma instituição privada, suas relações com o governo eram estreitas. Como cabia ao imperador nomear o presidente da instituição, seus olhos se faziam presentes no coração da máquina monetária e, em menor medida, creditícia da economia mercantil escravista brasileira. Era o banco o responsável pelo controle da oferta monetária da economia e para isso contava formalmente com o monopólio da emissão de notas bancárias em todo o império. Ao controlar tal oferta, o banco poderia regular a liquidez do mercado e a taxa de desconto. Com a moeda e o crédito nas mãos, o segundo Banco do Brasil era uma instituição chave para a centralização do poder político na Corte. Ao perder o monopólio de emissão, o banco perderia a capacidade de controlar a oferta de moeda e crédito naquela economia e, portanto, sua razão de ser. Daí não ser surpresa o fato de que os próprios saquaremas trabalhassem politicamente para cassar o direito de emissão do banco. É nesse sentido que buscamos reconstituir a história do segundo Banco do Brasil, o banco da Ordem.