Da Agenda ambiental à Vigilância Ambiental: um percurso histórico e biopolítico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Romão, Rodrigo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6135/tde-28022019-095625/
Resumo: A presente tese se propõe a traçar uma genealogia da Vigilância Ambiental no Brasil. Partindo de um conjunto de chaves interpretativas da obra do filósofo Michel Foucault, congregamos um amplo leque de fontes documentais para compreender os primeiros sinais de uma incipiente medicina preventiva e sua agenda eminentemente ambiental, ainda em um Brasil pré-imperial, e observamos suas transformações em paridade com o desenvolvimento de nossa sociedade - buscando aí encontrar o mote biopolítico, dado que a construção da nação exigia medidas sanitárias que garantissem a saúde da população, ainda que não necessariamente por questões humanitárias. Acompanhamos a transição da agenda ambiental na saúde pública, que leva em conta os impactos do meio ambiente na existência humana para o movimento reverso, quando nos damos conta de que a humanidade está provocando danos possivelmente irreversíveis ao planeta - e como essa nova fase tem afetado nossa saúde. De maneira crítica e reflexiva, discutimos a formação e a dimensão biopolítica da Vigilância Ambiental na atualidade, dispondo de maiores e melhores recursos tecnológicos, mas atuando em uma governamentalidade neoliberal de redução de direitos - que afetam, inclusive, o direito à saúde.