Educação financeira no Brasil: uma revisão de literatura estado da arte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Leal, Gabriela de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/107/107131/tde-01082022-161934/
Resumo: Este trabalho é uma revisão de literatura estado da arte que se utiliza de técnicas de tipos de revisões do modelo sistematizado e integrativo sobre educação financeira no Brasil, com destaque a políticas públicas e educação financeira de mulheres. Seu objetivo principal é apresentar um quadro acadêmico sobre o estado da arte das discussões sobre os sentidos de educação financeira no país, e suas expressões em termos de políticas públicas e educação financeira de mulheres. O tema não é muito disseminado no Brasil, mas isso tende a mudar, pois verificamos um alto crescimento de produções brasileiras sobre o assunto. Por outro lado, existe uma carência de trabalhos acadêmicos que problematizam a educação financeira de mulheres. Encontramos duas perspectivas teóricas de educação financeira, a instrumental e a crítica. Há consenso acerca de que ambas as perspectivas apresentam potenciais benefícios para a população brasileira. Ao mesmo tempo, não há consenso na formulação de um quadro teórico coeso, com objetivos, definições, conteúdos e sujeitos determinados. Os trabalhos empíricos levantados evidenciam os desafios de ordem prática, que questionam a eficácia dos programas de educação financeira, a falta de padronização de métodos, e a apresentação de resultados contraditórios. As críticas à educação financeira associam sua narrativa à implementação de um projeto neoliberal de Estado, à flexibilização da regulação econômica e de direitos sociais, por meio da diminuição da rede pública de proteção social. As políticas públicas de educação financeira no Brasil são associadas a políticas de inclusão financeira, e contêm muitos atores e interesses envolvidos. A influência de instituições financeiras e organizações internacionais, especialmente a OCDE, é explícita. Concluímos que as políticas públicas no Brasil são orientadas por sentidos instrumentais de educação financeira, mas elementos de ambas as perspectivas foram encontrados nos programas. Além disso, identificamos poucas políticas públicas de educação financeira com recortes de gênero, e nenhuma que verse sobre raça.