Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Wiggers, Ester |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-11062021-092319/
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Resumo: |
Introdução: O envelhecimento promove alterações em aspectos físicos, fisiológicos, psicológicos e sociais e pode estar relacionado a uma maior vulnerabilidade para o desenvolvimento de doenças crônicas e perdas funcionais. O conceito de capacidade intrínseca (CI) foi introduzido pela Organização Mundial da Saúde como o composto de todas as capacidades físicas e mentais de um indivíduo, avaliadas por cinco domínios: Cognição, Humor, Sensorial, Locomoção e Vitalidade. Por se tratar de uma abordagem global na análise da saúde das pessoas, destaca-se a necessidade da descrição de como ela se apresenta em diferentes populações e suas associações com fatores socioeconômicos e de saúde. Objetivos: este estudo teve por objetivo realizar uma análise descritiva da CI de idosos brasileiros utilizando os dados da Rede de Pesquisa e Fragilidade em idosos do Brasil (FIBRA) e criar um escore composto de avaliação da CI; ainda, objetivou verificar a associação da CI com aspectos socioeconômicos e de saúde. Método: Trata-se de um estudo transversal, retrospectivo e descritivo. A população foi constituída por 4454 pessoas com 65 anos ou mais, selecionadas na base de dados do Estudo FIBRA. Aspectos sociodemográficos foram avaliados por meio de entrevista. O domínio sensorial foi avaliado por auto relato. O domínio vitalidade foi avaliado por perda de peso, força de preensão manual, fadiga e magreza. A cognição foi avaliada pelo Mini exame do estado mental (MEEM), o humor pela Escala de Depressão Geriátrica (GDS-15), e a mobilidade pela velocidade de marcha. A associação entre as variáveis qualitativas foi avaliada pelo teste Qui-Quadrado. Para a criação do escore composto da CI foram atribuídos valores entre 1 e 10 aos diferentes domínios da CI; o escore composto foi calculado como o valor médio dos domínios. O nível de significância utilizado foi de 5%. Resultados: observamos distribuição heterogênea dos escores nos diferentes domínios, além de prevalência significativa de escores baixos. Apenas 15% dos participantes atingiram o escore máximo no componente visão. No que diz respeito à audição, a maioria dos participantes não relataram problemas, com 70% dos homens e aproximadamente 78% das mulheres atingindo o escore máximo. Quanto ao componente humor, houve elevada presença de sintomas depressivos. O domínio cognição teve a maioria dos voluntários apresentando escores iguais ou superiores a 6, frequentemente atingindo-se o escore máximo. Quanto à mobilidade, 39,5% dos homens e 54,6% das mulheres tiveram escores entre 1 e 5, o que indica uma maior proporção de mulheres com pior desempenho neste domínio. Quanto à vitalidade, 79,5% dos homens e 76,8% das mulheres receberam pontuações iguais a 7 ou maiores. O escore composto apresentou diferentes padrões de associação com os escores de cada domínio. Para a maioria destes, houve pior desempenho quando o escore composto era inferior à média. Os escores dos diferentes domínios da capacidade intrínseca e o escore composto foram associados a variáveis sociodemográficas e de saúde. Conclusão: A capacidade intrínseca de idosos brasileiros é heterogênea e associada a fatores socioeconômicos e de saúde. A sua mensuração pode instruir políticas de promoção e assistência à saúde da população idosa. |