A leitura nas organizações não-governamentais e inter-relações com a escola pública: um estudo de caso.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Inglesi, Ana Shitara
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
ONG
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-18062008-162359/
Resumo: Tendo em vista o baixo grau de letramento entre os alunos do ensino fundamental e médio no Brasil e, concomitantemente, o crescimento espantoso do número de organizações não- governamentais (ONGs) trabalhando no campo da educação nas últimas décadas, o presente trabalho procura estabelecer uma ponte entre estas duas faces da educação no Brasil. Pretendemos, então, compreender a dinâmica e a influência das ONGs no Brasil no campo da educação e, mais especificamente, no campo da leitura, tendo em vista o desenvolvimento do letramento. Para tanto, fizemos um estudo qualitativo com características etnográficas baseado, sobretudo, em observações feitas em campo das atividades de uma organização e que foram analisadas a partir de concepções de leitura propostas pelos teóricos da psicolingüística (Smith, 1989,1999) e da Estética da Recepção (Jauss, 2002). Com isso, esperamos contribuir com os estudos sobre leitura e, principalmente, avançar nestas novas possibilidades educativas que nos são, hoje, apresentadas pela sociedade civil e que nos direcionam em busca de uma solução alternativa para um problema que vem afligindo os educadores há décadas no Brasil. Nossa principal hipótese seria que a escola pública poderia beneficiar-se e melhorar o grau de letramento de seus alunos, bem como ampliar o número de leitores proficientes/competentes, se pudesse estabelecer uma parceria com as instituições da sociedade civil/ONGs que já possuem um projeto consistente. Assim, por meio de troca de idéias e experiências, as instituições educacionais não-governamentais poderiam contribuir para o desenvolvimento de uma escola pública de qualidade, sem, no entanto, substituí-la de forma alguma, deixando para o Governo a responsabilidade que lhe cabe.