Desafios da avaliação em um projeto sócio-educativo: assistência social, ONG e escola pública

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Carneiro, Juliana Daros
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15388
Resumo: Trata-se de um estudo sobre uma parceria entre a Secretaria Municipal de Cidadania, Assistência e Inclusão Social (SMCAIS), uma organização não-governamental (ONG) e uma escola pública estadual de uma cidade do interior do estado de São Paulo (SP). Esta parceria é desenvolvida por meio de ações sócio-educativas destinadas a crianças e adolescentes do sexo masculino, com idade entre 6 e 14 anos, no contra turno escolar. O objetivo geral da pesquisa é identificar como a educação não-formal vem sendo concebida e proposta dentro desta parceria. Especificamente, pretendemos verificar o que são e a quem se destinam estas ações sócio-educativas; problematizar a presença de instrumentos e modelos de avaliação, tanto da política pública como das ações no campo da educação não-formal; e, por fim, identificar a(s) forma(s) de existência de diálogo entre as diferentes instâncias que compõem essa política pública assistencial. A metodologia de pesquisa é composta por: (i) a revisão bibliográfica dos conceitos chaves, tais como educação não-formal, avaliação, organização não-governamental, políticas públicas e sociais; (ii) pesquisa documental sobre materiais referentes à parceria, especialmente da SMCAIS e da ONG (resolução municipal nº01/2009, relatórios anuais de gestão, reportagens, estatuto social, Planos de trabalho de 2009 e 2010, relatório técnico anual de atividades de 2009, organograma da entidade) e (iii) entrevistas semiestruturadas com um representante de cada uma das instituições que compõem esta parceria (a coordenadora pedagógica da ONG, a psicóloga da secretaria municipal e o vice-diretor da escola). Utilizamos uma abordagem qualitativa e o material empírico foi examinado e organizado de acordo com categorias construídas ao longo do processo analítico. Como resultados finais, identificamos que a educação não-formal no caso em estudo, parece ser concebida de formas contraditórias, uma vez que ao mesmo tempo em que assume o discurso de defesa da transformação social, na prática este caráter não é evidenciado. Estas contradições foram analisadas nas chamadas ações sócioeducativas, nas formas de diálogo estabelecidas entre as instituições e nos instrumentos de avaliação. No que se refere aos procedimentos de avaliação utilizados foi possível identificar fragilidades e limitações, quando adota-se como referência o conceito de avaliação formativa: os instrumentos estão focalizados em aspectos burocráticos, técnicos, financeiros e quantitativos do desenvolvimento do projeto; e, encontram-se centralizados por uma única instituição, a SMCAIS. Consideramos que a presente pesquisa trará contribuições importantes para fazer avançar as reflexões sobre concepções educacionais presentes nas formas de parceria entre setor público estatal e setor privado, a partir de uma visão ampla de educação.