Sensibilidade in vitro de Phomopsis sojae e Phomopsis phaseoli f. sp. meridionalis a fungicidas e efeito do tratamento de sementes de soja (Glycine max) inoculadas com os patógenos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1997
Autor(a) principal: Parisi, João José Dias
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11138/tde-20220207-222610/
Resumo: O presente trabalho teve como objetivo avaliar a eficiência de produtos para o controle de Phomopsis sojae e Phomopsis phaseoli f. sp. meridionalis através de testes de fungitoxicidade in vitro e in vivo. No teste in vitro foram utilizados 4 isolados de P. sojae e 4 isolados de P. phaseoli f. sp. meridionalis. Foram comparados 14 fungicidas quanto à eficiência na porcentagem de inibição do crescimento micelial (PIC), com 0, 1, 10 e 100 ppm do ingrediente ativo. Através do cálculo da ED50 ( dose necessária para inibir em 50 % crescimento micelial), foram considerados altamente eficientes (ED50 < 1 ppm), para ambos os patógenos, os produtos benomyl, carbendazin, thiabendazole e difenoconazole; além desses, o quintozene também se destacou, apesar de sua eficiência ter variado conforme o isolado. Observou-se, de uma maneira geral, uma menor sensibilidade dos isolados de P. sojae, concluindo-se que os produtos adequados para esse patógeno o são também para P. phaseoli f. sp. meridianalis. Para a realização dos testes in vivo foi escolhido um isolado de cada patógeno, usando-se como critério o que apresentou maior ED50 (mais tolerante) para todos os produtos químicos comparados in vitro. As sementes do cultivar IAC 14, altamente suscetível a P. phaseoli f. sp. meridianalis, foram inoculadas artificialmente pelo método do contato, com os dois patógenos, sendo depois tratadas com os seguintes fungicidas e doses (g i.a./100 kg sementes): benomyl (50), carbendazin (50), thiabendazole (20), difenoconazole (5) e quintozene (225). O teste de sanidade (pelo método do papel de filtro) foi avaliado aos 7, 10 e 13 dias, contando-se o número de picnídios e picnídios + micélio típico. Os melhores tratamentos, que não diferiram entre si, foram benomyl, carbendazin e thiabendazole. Na testemunha, a incidência foi de 98 % para ambos os patógenos, considerando-se picnídios + micélio típico, aos 1 O ou 13 dias de incubação. No teste de germinação, somente sementes inoculadas com P. sojae mostraram diferença significativa em relação as sementes não inoculadas e não tratadas. Os demais tratamentos não diferiram entre si para ambos os patógenos. A emergência não foi afetada por nenhum tratamento, para ambos os patógenos. Esses resultados indicam que a importância do tratamento químico de sementes, principalmente para o agente causal do cancro da haste, está relacionada com a não introdução desse patógeno em áreas livres do mesmo. Dentre os fungicidas e doses comparadas, deve-se recomendar o tratamento de sementes de soja portadoras de P. sojae e P. phaseoli f. sp. meridianalis com benomyl, carbendazin ou thiabendazole.