Bactérias em ovos e queijos produzidos em sistemas convencionais e orgânicos: ocorrência e suscetibilidade dos isolados a antibióticos e desinfetantes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Oliveira, Renata Maria Corrêa Santos de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/74/74132/tde-02032023-152940/
Resumo: Os alimentos orgânicos vêm ganhando mercado e notoriedade por serem de um sistema de produção que visa o equilíbrio do meio ambiente e eliminar o uso de agrotóxicos ou adubos minerais. Entretanto, uma das preocupações é a de que estes alimentos sejam mais contaminados por microrganismos em relação aos de origem convencional, principalmente devido ao uso de esterco animal no processo de adubação. Neste contexto, o presente trabalho avaliou a ocorrência de bactérias em ovos e queijos convencionais e orgânicos, comparando também a suscetibilidade dos isolados a antibióticos e desinfetantes. Foram analisadas 200 amostras de ovos (100 convencionais e 100 orgânicas) e 200 amostras de queijos (100 convencionais e 100 orgânicas). Os ovos foram submetidos à detecção de Salmonella e 100% das amostras mostraram ausência, em acordo com a legislação. Nos queijos, foram detectadas 15 (7,5%) amostras com Escherichia coli no sistema de produção convencional, com contagens máximas de 2,6 log UFC/g, e de 12 (6%) no sistema orgânico, com máximo de 1,8 log UFC/g. Das amostras com Staphylococcus aureus, 17 (8,5%) foram de queijo convencional, com contagens máximas de 3,0 log UFC/g e seis (3%) de queijo orgânico, com máximo de 2,9 log UFC/g. Os isolados de E. coli apresentaram diferença significativa (p<0,05) para suscetibilidades a antibióticos entre os queijos dos dois sistemas de produção. Os isolados de produção orgânica foram mais sensíveis para os seguintes antibióticos: cefepime 30 µg, cefazolina 30 µg e cefuroxima 30 µg. Os isolados de S. aureus testados não apresentaram diferença significativa (p>0,05) entre os queijos convencionais e orgânicos para os antibióticos testados. O desinfetante hipoclorito foi mais eficiente sobre os isolados de queijo de produção convencional e o desinfetante ácido peracético foi mais eficiente em isolados de queijo da produção orgânica.