Estrutura e composição da comunidade de esfingídeos (Lepidoptera: Sphingidae) atraídos por luz da Estação Biológica de Boraceia, Salesópolis, São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Machado, Pedro Ivo Chiquetto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41133/tde-27012015-081554/
Resumo: De julho de 2012 a junho de 2013 foram realizadas doze expedições mensais à Estação Biológica de Boraceia (EBB), Salesópolis, São Paulo. Os esfingídeos foram atraídos por lâmpadas externas de um alojamento da EBB durante quatro noites consecutivas, das 18h às 6h. Registrou-se em campo o horário de coleta e sexo de cada indivíduo, além de dados climáticos a cada meia hora. As mariposas foram levadas ao Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (MZUSP), onde foram identificadas até nível de espécie e contabilizadas. As análises de diversidade envolveram curva de rarefação, estimador de riqueza, gráficos descritivos de riqueza, abundância, composição e equabilidade (por mês e por horário de coleta), e estatística multivariada. Gráficos de riqueza e abundância por temperatura e umidade relativa foram construídos para analisar o efeito destas variáveis climáticas sobre a amostragem, e a influência de neblina e chuva foi verificada pela aplicação de testes de Mann-Whitney. Testes de qui-quadrado foram utilizados para examinar se a razão sexual diferiu da proporção 1:1, na totalidade, por mês e por horário de coleta. Esfingídeos coletados na EBB desde 1940, que estão disponíveis no MZUSP, também foram identificados e contabilizados para elaboração de um panorama histórico da esfingofauna do local, e para possibilitar comparação entre uma intensa amostragem realizada de 1948 a 1950 na Estação e a amostragem recente. Esta comparação foi feita por meio de curvas de rarefação, gráficos descritivos de riqueza e composição, e estatística multivariada. Todas as espécies já registradas na EBB foram fotografadas para elaboração de um guia ilustrado. No presente estudo foram coletados 2.509 esfingídeos de 64 espécies, das quais três corresponderam a novos registros para a EBB, e contabilizou-se um total de 81 espécies já coletadas no local. Os meses mais quentes e chuvosos apresentaram maiores riquezas, abundâncias e equabilidades; a composição de espécies se manteve mais homogênea durante estes meses e variou muito entre os meses mais secos, padrão observado também nas coletas de 1948 a 1950. Com o avançar da noite ocorreu diminuição na abundância e na riqueza, e a composição de espécies se alterou bastante. Temperaturas mais altas, neblina e chuva foram favoráveis à coleta de esfingídeos. A razão sexual foi, de forma geral, enviesada a favor dos machos. Não se observou diferença significativa de riqueza entre a campanha de coleta antiga e a recente, mas diversas espécies foram registradas em apenas uma das campanhas. Comparações com outros levantamentos de Sphingidae mostraram que a EBB conta com espécies possivelmente raras na Mata Atlântica e com uma das mais altas riquezas registradas para o bioma