Ação proteolítica da metaloproteinase de matriz (MMP)-2 sobre a cálcio ATPase do retículo sarcoplasmático (SERCA) e as alterações vasculares morfofuncionais da hipertensão arterial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Mello, Marcela Maria Blascke de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17133/tde-25072024-110044/
Resumo: A metaloproteinase de matriz (MMP)-2 degrada proteínas intracelulares que regulam a contração de células musculares lisas vasculares (CMLVs), como a calponina-1, e está mais ativa em ratos dois rins-um clipe (2R-1C), sendo responsável pela proliferação celular e remodelamento arterial. A Ca2+-ATPase do retículo sarcoplasmático (SERCA) controla a concentração de cálcio no citosol das CMLVs, cujo aumento pode ativar o fator nuclear de células T ativadas (NFAT), levando à proliferação celular e vasoconstrição. Na hipertensão, a SERCA geralmente apresenta atividade reduzida. Foi visto que durante a isquemia e reperfusão cardíaca, o aumento da atividade da MMP-2 contribui à proteólise da SERCA. O objetivo deste trabalho foi investigar se a MMP-2 é responsável pela proteólise da SERCA em aortas de ratos hipertensos, contribuindo para as alterações morfofuncionais vasculares da hipertensão arterial. Para isto, aortas de ratos Sprague-Dawley (SD) foram incubadas com angiotensina II (AngII), na presença ou ausência de inibidores de MMPs, ONO-4817 ou Doxiciclina (Doxi), e coletadas após 6 horas para a realização de zimografia em gel e co-imunoprecipitação da SERCA com a MMP-2. Além disso, ratos SD foram submetidos à cirurgia 2R-1C ou fictícia (Sham) e tratados com Doxi. A pressão arterial sistólica (PAS) foi aferida antes da cirurgia e diariamente após a cirurgia por pletismografia de cauda. Depois de 7 dias, as aortas desses animais foram coletadas para zimografia em gel e in situ, western blot (WB) para SERCA, espectrometria de massas, ensaio de atividade ATPase da SERCA, reatividade vascular em resposta à fenilefrina e acetilcolina, imunofluorescência (IF) para KI-67 e coloração por hematoxilina e eosina (H&E). Obteve-se que a MMP-2 e a SERCA estão co-localizadas nas aortas dos ratos e a AngII aumentou a atividade da MMP-2. A PAS dos animais 2R-1C estava aumentada após 1 semana da cirurgia 2R-1C e, embora a Doxi não tenha apresentado efeitos sobre a PAS, o tratamento por 5 dias diminuiu a atividade da MMP-2 e preveniu a proteólise da SERCA nas aortas dos ratos hipertensos. A área da secção transversal (CSA), a razão média por lúmen (M/L) e a IF do KI-67 estavam aumentadas nas aortas dos animais 2R-1C e a Doxi diminuiu a proliferação celular pelo marcador proliferativo KI-67. As aortas dos ratos hipertensos também apresentaram aumento da potência da fenilefrina para causar contração vascular e diminuição da potência e do efeito máximo de relaxamento em resposta à acetilcolina, e a Doxi melhorou essa disfunção endotelial. Portanto, foi possível concluir que o tratamento com Doxi reduziu a atividade da MMP-2 e a proteólise da SERCA nas aortas dos ratos 2R-1C, prevenindo a proliferação celular e a disfunção vascular da hipertensão.