Paisagem e cotidiano em habitação social nas regiões metropolitanas de São Paulo e Santiago do Chile

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Donoso, Veronica Garcia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16135/tde-09062017-110211/
Resumo: Esta tese discute a paisagem gerada por políticas de habitação social latino-americanas, observando especificamente casos da Região Metropolitana de Santiago do Chile (RMS) e da Região Metropolitana de São Paulo-SP (RMSP). Foca-se a análise nas práticas sociais em espaços livres de empreendimentos de habitação social, observando resultados de 2009 a 2016 da faixa 1 do Programa Minha Casa Minha Vida na RMSP e de 2006 a 2016 dos Programas de Bairro na RMS. Observam-se as práticas sociais nos espaços livres, tanto públicos quanto privados, pelo olhar da paisagem, que possibilita à análise ser ampliada para as relações sociais cotidianas que ocorrem nesses espaços. Para tanto, observa-se a formação de ambas as Regiões Metropolitanas, o histórico das políticas habitacionais, o modus operandi de produção habitacional social que concentrou empreendimentos em trechos sem cidade, analisando o impacto de modelos urbanos e arquitetônicos aplicados em situações de vulnerabilidade social e econômica para o cotidiano das práticas sociais. O cotidiano intramuros, resultado do modelo de condomínio habitacional social, amplamente aplicado em ambos os países, é confrontado com os programas chilenos de bairro, que se focam nas práticas sociais em espaços livres públicos. As análises demonstraram que, apesar de diversas alterações nos programas políticos, mantêm-se as práticas de construir conjuntos habitacionais pautados nos aspectos quantitativos, em um modelo de inspiração neoliberal, ou de mitigar os impactos do modelo com programas de recuperação de bairros, que esbarram em dificuldades pelo contexto vulnerável do local, resultando em espaços pouco representativos para a completude das práticas sociais. Salienta-se a necessidade de se criarem ações voltadas para as práticas sociais, em que haja a possibilidade de se superar o dia a dia alienado, e apontam-se as qualidades e fragilidades das políticas de ambos os países para os cotidianos praticados ou (des)praticados.