Estudo da localização e composição de nichos de células-tronco dentais frente a resposta à injúria

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Chiok Ocaña, Lourdes Rosa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25148/tde-15052019-173037/
Resumo: Em busca de novas estratégias para o reparo de tecidos pulpares com células-tronco faz-se necessário compreender melhor o nicho em que elas se encontram. Uma forma é observar o mecanismo de ativação sobre estas células durante o reparo de tecidos pulpares após sofrer uma injúria. Assim, foi proposto estudar a localização e composição do nicho das célulastronco da polpa dental através da exposição pulpar induzida in vitro em dentes humanos e in vivo em dentes de ratos, através da incorporação de Bromodeoxiuridina (BrdU) e Iododeoxiuridina (IdU) e co-expressão com proteínas de células-tronco. Para o ensaio in vitro, 33 terceiros molares humanos com rizogênese incompleta foram divididos em 3 grupos: dentes com exposição pulpar induzida e mantidos em cultivo (GCE, grupo cultura exposição) (n=15); dentes sem injúria e mantidos em cultivo (GCC, grupo cultura controle) (n=15); dentes hígidos apenas (GH, grupo hígido) (n=3). Os grupos GCE e GCC, foram cultivados com BrdU (10 l/ml) por 24h e posteriormente analisados após 2, 5 e 14 dias. Para o ensaio in vivo, 12 ratos Wistar receberam IdU (1mg/ml) diluído na água por 30 dias. Após 45 dias foram divididos em 2 grupos: grupo in vivo com exposição pulpar (GIVE) (n=17 dentes) e grupo in vivo controle (GIVC) (n=16 dentes). No GIVE foi realizada a exposição pulpar no primeiro molar e em seguida restaurado com Coltosol. Após 2, 4 e 8 dias pós-operatórios as amostras foram coletadas e processadas para análise histológica e imuno-histoquímica. As proteínas CD90, CD146, PDGFr e BrdU foram analisadas em duas áreas: lesão e centro em molares humanos enquanto, as proteínas CD90, NG2 e IdU foram analisadas em uma área única, em molares de rato. As análises estatísticas foram efetuadas pelos testes de Mann- Whitney e Kruskal-Wallis, p 5%. Em dentes humanos, na área de lesão do grupo GCE, células BrdU positivas foram encontradas nos três períodos, sendo presentes em maior número células PDGFr positivas nos dias 2 e 5 e células CD90 positivas no 14º dia; no centro pulpar, no 2º dia pós injúria houve um número semelhante de células CD90, CD146 e PDGFr positivas, sendo encontradas em maior porcentagem no 5º dia células PDGFr e CD90 positivas e 14º dia células CD90 positivas. No grupo GCC na área equivalente à lesão, células CD90 (2 e 5 dias) e PDGFr (14 dias) positivas foram encontradas em maior percentual; no centro pulpar, o número de células positivas para CD90, CD146 e PDGFr foi semelhante em todos os períodos, sendo encontradas células BrdU positivas no 2º dia. Em molares de ratos, no GIVE houveram mais células NG2 positivas no 2º dia, IdU no 4º dia e CD90 no 8º dia. No GIVC, o CD90 foi altamente expresso em todos os períodos analisados, a proteína NG2 também foi expressa em odontoblastos e CD90 na camada subodontoblástica em molares de rato. Todas as proteínas mencionadas coexistem no tecido pulpar humano e animal formando populações celulares heterogêneas perivasculares e perineurais encontradas em maior concentração em regiões próximas à área de injúria, sugerindo que nichos perivasculares e perineurais participam em conjunto na homeostase pulpar em resposta à injúria.